sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Diário de um Barbudo

Hoje faz um mês e vinte e oito dias que não faço a barba. Longa jornada. O mais impressionante é que não sei explicar muito bem o porquê. As pessoas tentam, mas não ajudam muito. "Perdeu aposta?". "Virou revoltado?". "É promessa?". "Vai encenar Jesus Cristo, meu filho?". Bem, eu acho que é mais ou menos um pouco de cada coisa (menos a parte de Jesus). A melhor resposta que já dei, creio, foi quando disse que era uma "experiência estética".

É divertido, mas
assustador, ver a reação das pessoas. Tem gente que não liga, mas são poucos. A maioria faz sempre a mesma exclamação, meio pergunta, meio assombro: "Que barba é essa!?!?". Eles não vêem, mas eu rio muito por dentro. Não deles, mas da situação, claro. Haha.

Também tem aqueles agressivos, que só faltam me arrancar os cabelos do rosto, horrorizados como se isso fosse um crime bem punk, como, vamos ver, genocídio, ou coisa que o valha. "Vai tirar AGORA!". Quem mais se encaixa nesse quadro são alguns anciões da família e outros tão conservadores quanto.

Ah, mas também tem aqueles que gostam abertamente. Alguns são mais sinceros que outros, que gostam de incentivar as polêmicas. Mas, bem, fico sensivelmente mais feliz quando elogiam minha nova figura. E quem resiste a elogios? Eu não. Mas, infelizmente, para os fãs, ela já tem data para ir embora: 1° de Janeiro de 2009. Não chorem, ela volta assim que eu tiver disposto mais uma vez.

A parte mais interes
sante é a investigação sociológica (soou petulante, mas foi sem querer). Barbudo, consigo fazer breves considerações sobre o comportamento humano que de outro modo não poderia. Eu realmente gostaria de citar novidades e grandes elucubrações de meu pequeno pseudo-estudo, mas eu não as tenho. Agora. Após um período de férias da experiência e do flerte com a maturidade visual viking, talvez faça considerações especiais por aqui mesmo, pra quem quiser ler.

Para finalizar, uma frase que achei bastante conveniente e, por que não, lisonjeira:


"A man with no beard is half a man!"



5 comentários:

Van Derance disse...

"Vai encenar Jesus Cristo, meu filho?" Bem-vindo ao clube. ¬¬

Vou revelar uma conclusão que cheguei em todos esses anos de barba (e alguns momentos de muita barba): Jesus Cristo possui a imagem mais genérica do mundo.

É sério, é o que parece. Qualquer um que apareça com meio centímetro de pêlos no rosto já é chamado de Jesus. Pode ser careca, cabeludo, loiro, moreno, rico, pobre... "Tá treinando pra Paixão de Cristo?"

Eu não sou católico, mas respeito muito Jesus e fico triste por ele. Se eu fosse ele, ficaria ressentido de ser visualizado na cara de certas pessoas, incluindo na minha! :P Claro, perdoaria a pobre alma depois, mas ainda assim...

De qualquer forma, barba é tr00. \o/

Carolina Coe disse...

Poxa... nunca pensei q uma barba pudesse influenciar tanto a imagem e a vida de uma pessoa assim! Vc eh uma onda, Halis! hahahaha!
E essa frase aí do final? Parece frase de Viking :P

Felipe. disse...

Confesso que apesar de que eu já devo ter feito alguma piadinha tosca sobre essa barba, eu já passei por uma experiência beeeem parecida com o meu cabelo. Contudo, creio que o mais surpreendente para aqueles que vêem uma mudança na aparência física ou no modo de se vestir de uma pessoa é mais a mudança em si do que o que foi mudado. Em outras palavras, acho que o motivo da surpresa pra mudança está mais para "mas você não era assim! Você mudou, heim?" do que pra "Mermão, daqui a pouco teu cabelo vai chegar no chão!" ou coisa do tipo xD. Não obstante, posso estar redondamente enganado =X.

Felipe. disse...

Retiro tudo o que disse. Depois de observar algumas conversas com atenção, passei a acreditar em que a mudança em si é tão importante quanto o que foi mudado.

Rayanne disse...

Rá, então esta era a meia verdade por trás de todo o pelo facial?
As pessoas são mais influenciadas do que imaginam. É interessante ver como elas condicionam essas influências.


Btw, Ruth desu o/.