sexta-feira, 31 de julho de 2009

Awesome



Future Me


Já imaginou, daqui a 29 anos receber um e-mail mandado por seu eu de hoje? Que tipo de coisas você diria? E que tipo de reação teria? Provavelmente até lá você já terá se esquecido até de que tinha mandado. A melhor parte é a sensação de viagem no tempo, sem dúvida.


Mandei menos de um ano atrás e já nem sei pra quando eu mandei, nem o que estava escrito nele.

Lang-8




Pra quem estiver estudando qualquer idioma, o Lang-8 é bem interessante, de verdade. Nele, o foco é na escrita, ou seja: você escreve um texto, e lá vem um nativo do idioma que você está estudando corrigir, se tiver falhas. Aí você pergunta: "como eu vou saber se ele tá me ensinando certo?". Pois bem, aí que está o pulo do gato: necessariamente, cada usuário deve colocar sua língua nativa, assim como a(s) língua(s) que está aprendendo, de tal maneira que todos são ao mesmo tempo professores/alunos. Além disso, cada correção feita pode valer pontos cumulativos, valorizando seu esforço.

Arrisquei um perfil por lá e, no primeiro texto, em 3 minutos três pessoas já tinham corrigido. Nada mal esse feedback hein? Mas é bom atentar pra o fato de que, pelo que tenho percebido, o pessoal não ajuda quem não ajuda: se você não tem um pontinho sequer de correção em textos de usuários que estejam aprendendo sua língua, é bem capaz de que ninguém venha dar uma olhadinha nos seus também.

Antes que perguntem, já surgem automaticamente os últimos textos disponíveis pra você corrigir, em um espaço similar ao "home" ou "página inicial" do Orkut. Bem, de qualquer forma, melhor olharem com seus próprios olhos e começarem a escrever, porque vale a pena. Começar um diário em outro idioma assim ainda é mais indicado justamente por causa das correções de seus eventuais escorregões, e ainda se ganha de brinde mais alguns colegas virtuais...

Recomendado!

Intercâmbio astrológico

"Airy Gemini and enthusiastic Dragon combine to make a real character. These people have a razor sharp wit and are verbally adroit.

"Gemini Dragons are not fools, they use humour to make a serious point and are very principalled You're probably one of the best gifted persons of the Chinese and Western zodiacs. And this is often your drama! Indeed, if you can succeed in practically everything, you also have an interest in everything, whence difficulties of choice. In fact, you can know success only if you can manage to fix yourself and to devote your energy to a well defined art or job.

"You possess much charm and powerful personal magnetism. One cannot count the number of your friends and acquaintances. However, you can have violent and sudden fits of anger. In spite of your beautiful self-assurance, you are not immune to moments of depression and disarray because you don't know how to spare your forces or foresee an escape issue.

"Having many good ideas and vast projects, you don't bear mediocrity. You're extraordinarily gifted for theatre, acting, painting, writing, and financial matters. You always tend to have too big ideas, which can cause you failures because of lack of means.


"Loyal in friendship, you're rather unstable and indecisive in love. You give your preference to conquests that flatter your prestige or that make you accede to a social or mundane position. Status is an important element in your union or marriage."

Mistura de astrologia ocidental e oriental (no caso, os do autor deste blog, Gêmeos e Dragão).

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Vox nihili


Uma opinião de verdade necessariamente envolve fundamento. Dizer somente "é bom" ou "é ruim" nada mais é que uma casca vazia, uma estrutura frágil como uma bolha, um fiapo de ideia que a qualquer momento pode esvanecer com um mero sopro contrário. É vox nihili, é voz do nada.

Opiniões vox nihili são facilmente reconhecíveis, simplesmente porque não têm fundamentos que obedeçam à um raciocínio lógico, e quando os têm, são vagos, extremamente subjetivos e pouco concretos. Nascem, tipicamente, do pouco pensamento, ou em pior hipótese, da escassa construção do pensamento. Não há suficiente material racional pra construí-lo.

Essas pestes se escondem atrás da aparente fortaleza da subjetividade para bloquear qualquer tentativa de se racionalizar a questão. Apenas porque é uma questão de gosto não significa que não existam razões/causas para isso. Certamente, se essas razões/causas são corrompidas, ou falsas, ou ilusórias, bem, aí já é outra história.

O fato é que uma opinião real constitui em si um fundamento racional. Em outras palavras: sem fundamento dessa natureza, essa opinião se transforma em nada, e, particularmente, entra por um ouvido, sai pelo outro. É vox nihili.

Fuja das expressões vazias e sem sentido, das opiniões vagas e frágeis. Quem mais sai perdendo é você que opina, porque além de economizar pensamento valioso na hora de se expressar, ainda gasta o tempo daquele que está te ouvindo/lendo, o que é realmente lamentável, não acha? Por isso, da próxima vez que não ter gostado de "Aventuras de Zuzubalândia", ao invés de falar "uma porcaria, não tem enredo, os personagens são totalmente apáticos", comente algumas razões minimamente lógicas que o levaram a chegar a essa conclusão. Sem isso, sua opinião correrá o sério risco de cair no vazio.

Obviamente, existem exceções que pertencem, essas sim, a algumas áreas pouco afeitas à racionalização, como aquelas que regem o amor profundo e a felicidade plena: nesses, a lógica simplesmente deixa de funcionar.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Estar ou não ser?


O verbo "To be" da língua inglesa é comumente traduzido como o mais elementar e essencial de todos: ser/estar. Mas, como podem ver, em inglês não há diferença linguística para dois fenômenos tão distintos. Enquando "ser" denota um estado de existência a priori permanente, o "estar" indica uma condição passageira. É diferente falar "sou doente", e "estou doente"; "sou chato", e "estou chato". Além de permitir uma variedade de expressões, de outro modo impossíveis de se realizar em vários idiomas, comporta em si uma representação verbal da própria forma de se enxergar o mundo e a si mesmo.

Na verdade, seria óbvio que houvesse essa diferença, afinal, era de se crer que o ser humano soubesse diferenciar o ser do estar, o que é do que está sendo. Mas ela simplesmente não existe. E isso me deixou bastante atônito na primeira vez em que percebi essa disparidade inexistente em outras línguas conhecidas.

Claro, alguém pode argumentar, com um recurso deveras filosófico, que o ser nada mais é que a permanência prolongada do estar, de maneira que o estar é permanente, e o ser, inexistente, pois a idéia é que a matéria é mudança constante e infinita, e jamais será a mesma no mesmo local e instante. Mesmo que algo esteja aparentemente imutável e permanente, a níveis quânticos, os elétrons de seus atomos estarão em posição diferente a cada instante, e assim, movimentar-se-á a essência do objeto, fazendo mais com que ele "esteja", do que propriamente "seja".

Certamente é uma contraposição válida, mas no dia-a-dia não nos preocupamos muito com o movimento e o momento dos elétrons na hora da comunicação. Daí, pois, podemos considerar que a diferenciação entre "ser" e "estar" é mais sócio-filosófico que propriamente quântico-filosófico, posto que habitualmente podemos distinguir como "ser" aquilo que o objeto representa de si mesmo a maior parte do tempo visível, ou pelo menos o que cremos que ele seja. Paralelamente, o "estar" formaria um momento intermitente, dentro do qual o objeto não é assim, mas devido a alguma razão, está assim, em dado instante.

Dada a diferença, refletimos: a linguagem é o meio pelo qual organizamos nossos pensamentos sob uma forma inteligível a alguém, e, sendo inclusive o pensamento não raro transposto no idioma que se conhece, ergo, podemos auferir que a linguagem também é o instrumento pelo qual existimos em nós mesmos.

Aí reside o horror da questão: se há línguas - e por consequência - pensamentos que não apresentam diferenças óbvias e extraordinariamente essenciais como ser/estar, que tipo de omissões estará fazendo a língua portuguesa quanto a outros termos, tão ou mais importantes, que existem em outros idiomas, e que simplesmente ignoramos? E, pior ainda, mesmo sem conhecer, provavelmente viveremos o resto de nossas vidas sem maiores transtornos linguísticos por não perceber tais obviedades.

O óbvio certamente tem maneiras complexas de se camuflar na sua própria simplicidade.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Ordinárias Invenções Extraordinárias #1

Nasce uma nova seção! Dedicada, obviamente, à pequenas (ou grandes) invenções que deveriam ser aparentemente óbvias, mas que por algum motivo, ou ainda não foram pensadas, ou o foram, mas, Deus sabe o porquê, ainda não colocadas em prática.

#Refrigerante em Tablete#

Para quem está resfriado, ou no começo de gripe, geralmente recomendam-se doses de vitamina C concentradas, que vêm em forma de discos laranjas em embalagens cilíndricas, e dissolvem na água. Bem, eu particularmente acho o gosto muito bom, e é de tal forma prático que, afinal, por que ainda não inventaram antes um refrigerante assim?

Imagine um desses mini-discos, sendo que de Coca-Cola. Coloque água em um copo, e jogue o "comprimido". Espere cerca de um minuto, e pronto, eis um belo espécime de bebida refrescante! Não parece maravilhosamente prático?

Modéstia à parte, eu particularmente achei genial. Praticamente uma epifania gasosa.