AND NOW descrevo a viagem propriamente dita, atenção para o relato comovente.
Local: Aeroporto Internacional Augusto Severo, Natal, Brasil.
Fui com familiares e amigos ao aeroporto, ou pelo menos aqueles que mui heroicamente conseguiram acordar (ou não dormir) para ir até lá me chutar do país. O que precisam saber é que foi emocionante, bom se preparar psicologicamente.
Algo com que eu estava meio receoso quanto à viagem propriamente dita eram as bagagens. Para viagens internacionais, e também no caso da Lufthansa, o limite máximo permitido é de duas bagagens para despacho não excedendo 32kg cada e uma bagagem de mão, excluindo-se aí bolsas à tiracolo, mochilas e similares; enquanto que para bagagens de mão, não se deve ultrapassar os 8kgs. No meu caso, levei apenas uma única bagagem para despacho no total de 33,5kg, que a funcionária gentilmente arredondou para 32kg. Já a de mão ficou nos 7,9kg (FUCK YEA). De qualquer modo, isso pode variar dependendo da companhia aérea.
O voo pela TAM atrasou meia hora, mas ocorreu sem maiores imprevistos, com exceção do fato de que o ar dentro do avião estar seco além da conta. Sorte que a rinite alérgica atacou de leve para preservar minhas paredes narinais (wat).
De qualquer forma, ir à São Paulo já não era mais novidade, então prossigamos.
Local: Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo, Brasil.
Cheguei em Guarulhos às 10h47 e tive de esperar algumas horas para embarcar no próximo voo, às 18h25. O itinerário acertado junto ao ECJR marcava o trajeto em Natal - São Paulo - Frankfurt - Osaka, totalizando 26h de voo no total.
Andei para cima e para baixo para espairecer e averiguar um ambiente tranquilo e confortável para passar as próximas horas. Escolhi uma área que não conhecia de lá, tipo o lounge dos pobres na Asa D.
O almoço foi no McDonald's, alternativa mais rentável na carestia que é esse aeroporto. Big Tasty por R$ 19,75, provavelmente o hamburger mais caro do mundo depois daqueles cravejados de diamantes e rubis da Dolce & Gabbana. Comprei uma pasta de dente e desodorante de 50g cada (havia colocado as que eu trouxe na bagagem despachada sem querer, não façam isso) na única drogaria de lá, e custaram 14 REAIS. Se eles pelo menos pusessem o preço logo em euro seria mais honesto.
Assim que abriu o balcão da Lufthansa, fui lá pegar o bilhete deles e parti para o setor de viagens internacionais, logo às 15h30. O funcionário aconselhou mesmo que eu entrasse essa hora, visto que era sábado, e, segundo ele, a fila ali ficava interminável.
Depois disso mais espera, mas em outro saguão. Dei uma olhada no Duty Free porque estava precisando de um relógio e óculos novos, mas pelo preço que estavam era mais um Duty Charged. Não sei como o pessoal fala que é TÃO barato. De fato, deve ser mais barato que no Brasil, sem dúvida, mas também pensei se não seria ainda mais barato na Alemanha. Segurei minhas moedas e fui esperar sentado minhas horas até o voo para Frankfurt.
Quando pensava que não ia encontrar nenhum outro bolsista, lá na fila para embarque vi no meu lado um rapaz cheio de penduricalho otaku na mochila. Já suspeitando perguntei "vai pra o Japão também?". And then A WILD POKEMON APPEARS. Felipe faz letras japonês na UFPR e estava indo para Tokyo pelo MEXT também. Mas conversamos pouco pois tinham acabado de abrir os portões. Próxima etapa: Frankfurt.
Local: Frankfurt International Airport, Frankfurt, Alemanha.
O voo de 11h30 foi tranquilo, dormi quase tudo. A Lufthansa me deu de comer, então nada mais importou na vida.
Em terras germânicas me despedi de Felipe, já que iríamos pegar dois voos distintos: eu para o Kansai International Airport, em Osaka, e ele para o Narita Int'l Airport, em Tokyo.
Porém, mesmo antes de passar pela checagem de bagagens vi outro rapaz suspeito, dessa vez um que parecia descendente de japoneses. Daí perguntei na bucha: "é bolsista?", e aí descobri mais um pokémon, iariaira. Era João Ota, mestre em engenharia elétrica pela UNICAMP, e estava indo também para Tokyo pelo MEXT.
Dessa vez deu para conversar bastante com João no tempo que levou para andarmos pelo (enorme) aeroporto de Frankfurt e uma rápida passagem pelo (mais uma vez) Mc Donald's (/nemcomi). Perguntei por outros bolsistas, mas ele também não sabia quantos havia ali, de modo que pensei quantos e quantas teria deixado passar porque simplesmente não pareciam. Por ex., lembro de uma moça com uma filhinha que ameaçou jogá-la no Rio Elba se ela não parasse de chorar. Não achei que fosse o perfil dos bolsistas em geral. #reflexão
Despedi-me de João logo depois, já que, mais uma vez os voos seriam diferentes. Fadado à solidão eterna, segui para o saguão do portão que partiria o voo para Osaka, e lá já estava cheio de japoneses praticamente brotando do chão. Mais uma vez aguardei as 2h que me separavam no voo final, sentado com ar blasé e óculos escuros até abrirem os portões para Osaka.
~OS PORTÕES PARA O FIM DO MUNDO~
No próximo post: Imaginations From The Other Side.
Local: Aeroporto Internacional Augusto Severo, Natal, Brasil.
Fui com familiares e amigos ao aeroporto, ou pelo menos aqueles que mui heroicamente conseguiram acordar (ou não dormir) para ir até lá me chutar do país. O que precisam saber é que foi emocionante, bom se preparar psicologicamente.
Algo com que eu estava meio receoso quanto à viagem propriamente dita eram as bagagens. Para viagens internacionais, e também no caso da Lufthansa, o limite máximo permitido é de duas bagagens para despacho não excedendo 32kg cada e uma bagagem de mão, excluindo-se aí bolsas à tiracolo, mochilas e similares; enquanto que para bagagens de mão, não se deve ultrapassar os 8kgs. No meu caso, levei apenas uma única bagagem para despacho no total de 33,5kg, que a funcionária gentilmente arredondou para 32kg. Já a de mão ficou nos 7,9kg (FUCK YEA). De qualquer modo, isso pode variar dependendo da companhia aérea.
O voo pela TAM atrasou meia hora, mas ocorreu sem maiores imprevistos, com exceção do fato de que o ar dentro do avião estar seco além da conta. Sorte que a rinite alérgica atacou de leve para preservar minhas paredes narinais (wat).
De qualquer forma, ir à São Paulo já não era mais novidade, então prossigamos.
Local: Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo, Brasil.
Cheguei em Guarulhos às 10h47 e tive de esperar algumas horas para embarcar no próximo voo, às 18h25. O itinerário acertado junto ao ECJR marcava o trajeto em Natal - São Paulo - Frankfurt - Osaka, totalizando 26h de voo no total.
Andei para cima e para baixo para espairecer e averiguar um ambiente tranquilo e confortável para passar as próximas horas. Escolhi uma área que não conhecia de lá, tipo o lounge dos pobres na Asa D.
O almoço foi no McDonald's, alternativa mais rentável na carestia que é esse aeroporto. Big Tasty por R$ 19,75, provavelmente o hamburger mais caro do mundo depois daqueles cravejados de diamantes e rubis da Dolce & Gabbana. Comprei uma pasta de dente e desodorante de 50g cada (havia colocado as que eu trouxe na bagagem despachada sem querer, não façam isso) na única drogaria de lá, e custaram 14 REAIS. Se eles pelo menos pusessem o preço logo em euro seria mais honesto.
Assim que abriu o balcão da Lufthansa, fui lá pegar o bilhete deles e parti para o setor de viagens internacionais, logo às 15h30. O funcionário aconselhou mesmo que eu entrasse essa hora, visto que era sábado, e, segundo ele, a fila ali ficava interminável.
Depois disso mais espera, mas em outro saguão. Dei uma olhada no Duty Free porque estava precisando de um relógio e óculos novos, mas pelo preço que estavam era mais um Duty Charged. Não sei como o pessoal fala que é TÃO barato. De fato, deve ser mais barato que no Brasil, sem dúvida, mas também pensei se não seria ainda mais barato na Alemanha. Segurei minhas moedas e fui esperar sentado minhas horas até o voo para Frankfurt.
Quando pensava que não ia encontrar nenhum outro bolsista, lá na fila para embarque vi no meu lado um rapaz cheio de penduricalho otaku na mochila. Já suspeitando perguntei "vai pra o Japão também?". And then A WILD POKEMON APPEARS. Felipe faz letras japonês na UFPR e estava indo para Tokyo pelo MEXT também. Mas conversamos pouco pois tinham acabado de abrir os portões. Próxima etapa: Frankfurt.
Local: Frankfurt International Airport, Frankfurt, Alemanha.
O voo de 11h30 foi tranquilo, dormi quase tudo. A Lufthansa me deu de comer, então nada mais importou na vida.
Em terras germânicas me despedi de Felipe, já que iríamos pegar dois voos distintos: eu para o Kansai International Airport, em Osaka, e ele para o Narita Int'l Airport, em Tokyo.
Porém, mesmo antes de passar pela checagem de bagagens vi outro rapaz suspeito, dessa vez um que parecia descendente de japoneses. Daí perguntei na bucha: "é bolsista?", e aí descobri mais um pokémon, iariaira. Era João Ota, mestre em engenharia elétrica pela UNICAMP, e estava indo também para Tokyo pelo MEXT.
Dessa vez deu para conversar bastante com João no tempo que levou para andarmos pelo (enorme) aeroporto de Frankfurt e uma rápida passagem pelo (mais uma vez) Mc Donald's (/nemcomi). Perguntei por outros bolsistas, mas ele também não sabia quantos havia ali, de modo que pensei quantos e quantas teria deixado passar porque simplesmente não pareciam. Por ex., lembro de uma moça com uma filhinha que ameaçou jogá-la no Rio Elba se ela não parasse de chorar. Não achei que fosse o perfil dos bolsistas em geral. #reflexão
Despedi-me de João logo depois, já que, mais uma vez os voos seriam diferentes. Fadado à solidão eterna, segui para o saguão do portão que partiria o voo para Osaka, e lá já estava cheio de japoneses praticamente brotando do chão. Mais uma vez aguardei as 2h que me separavam no voo final, sentado com ar blasé e óculos escuros até abrirem os portões para Osaka.
~OS PORTÕES PARA O FIM DO MUNDO~
No próximo post: Imaginations From The Other Side.