tag:blogger.com,1999:blog-62329815505707668062024-03-12T23:34:55.513-03:00HalisianismoUnknownnoreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-14895205257541738812012-03-05T18:34:00.004-03:002012-03-05T19:42:48.195-03:00To The End Of The World<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicpJ4yxUsD78rH0xVOme7KueA3TBReQAYkUggELLI6yS4ezao8mzXnx7jeqScZMXqFNS945uzDBZylhYiwdUCAc7CiDy2TF40CzKkYaM-9KiXsGDGDEn57KUgHJIYy9AMU5vwlbdofNRM/s1600/plane.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 226px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicpJ4yxUsD78rH0xVOme7KueA3TBReQAYkUggELLI6yS4ezao8mzXnx7jeqScZMXqFNS945uzDBZylhYiwdUCAc7CiDy2TF40CzKkYaM-9KiXsGDGDEn57KUgHJIYy9AMU5vwlbdofNRM/s400/plane.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5716544356993771682" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">AND NOW descrevo a viagem propriamente dita, atenção para o relato comovente.<br /><br style="font-style: italic;"><span style="font-style: italic;">Local: Aeroporto Internacional Augusto Severo, Natal, Brasil.</span><br /><br />Fui com familiares e amigos ao aeroporto, ou pelo menos aqueles que mui heroicamente conseguiram acordar (ou não dormir) para ir até lá me chutar do país. O que precisam saber é que foi emocionante, bom se preparar psicologicamente.<br /><br />Algo com que eu estava meio receoso quanto à viagem propriamente dita eram as bagagens. Para viagens internacionais, e também no caso da Lufthansa, o limite máximo permitido é de duas bagagens para despacho não excedendo 32kg cada e uma bagagem de mão, excluindo-se aí bolsas à tiracolo, mochilas e similares; enquanto que para bagagens de mão, não se deve ultrapassar os 8kgs. No meu caso, levei apenas uma única bagagem para despacho no total de 33,5kg, que a funcionária gentilmente arredondou para 32kg. Já a de mão ficou nos 7,9kg (FUCK YEA). De qualquer modo, isso pode variar dependendo da companhia aérea.<br /><br />O voo pela TAM atrasou meia hora, mas ocorreu sem maiores imprevistos, com exceção do fato de que o ar dentro do avião estar seco além da conta. Sorte que a rinite alérgica atacou de leve para preservar minhas paredes narinais (wat).<br /><br />De qualquer forma, ir à São Paulo já não era mais novidade, então prossigamos.<br /><br /><span style="font-style: italic;">Local: Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo, Brasil.</span><br /><br />Cheguei em Guarulhos às 10h47 e tive de esperar algumas horas para embarcar no próximo voo, às 18h25. O itinerário acertado junto ao ECJR marcava o trajeto em Natal - São Paulo - Frankfurt - Osaka, totalizando 26h de voo no total.<br /><br />Andei para cima e para baixo para espairecer e averiguar um ambiente tranquilo e confortável para passar as próximas horas. Escolhi uma área que não conhecia de lá, tipo o lounge dos pobres na Asa D.<br /><br />O almoço foi no McDonald's, alternativa mais rentável na carestia que é esse aeroporto. Big Tasty por R$ 19,75, provavelmente o hamburger mais caro do mundo depois daqueles cravejados de diamantes e rubis da Dolce & Gabbana. Comprei uma pasta de dente e desodorante de 50g cada (havia colocado as que eu trouxe na bagagem despachada sem querer, não façam isso) na única drogaria de lá, e custaram 14 REAIS. Se eles pelo menos pusessem o preço logo em euro seria mais honesto.<br /><br />Assim que abriu o balcão da Lufthansa, fui lá pegar o bilhete deles e parti para o setor de viagens internacionais, logo às 15h30. O funcionário aconselhou mesmo que eu entrasse essa hora, visto que era sábado, e, segundo ele, a fila ali ficava interminável.<br /><br />Depois disso mais espera, mas em outro saguão. Dei uma olhada no Duty Free porque estava precisando de um relógio e óculos novos, mas pelo preço que estavam era mais um Duty Charged. Não sei como o pessoal fala que é TÃO barato. De fato, deve ser mais barato que no Brasil, sem dúvida, mas também pensei se não seria ainda mais barato na Alemanha. Segurei minhas moedas e fui esperar sentado minhas horas até o voo para Frankfurt.<br /><br />Quando pensava que não ia encontrar nenhum outro bolsista, lá na fila para embarque vi no meu lado um rapaz cheio de penduricalho otaku na mochila. Já suspeitando perguntei "vai pra o Japão também?". And then A WILD POKEMON APPEARS. Felipe faz letras japonês na UFPR e estava indo para Tokyo pelo MEXT também. Mas conversamos pouco pois tinham acabado de abrir os portões. Próxima etapa: Frankfurt.<br /><br /><br /><span style="font-style: italic;">Local: Frankfurt International Airport, Frankfurt, Alemanha.</span><br /><br />O voo de 11h30 foi tranquilo, dormi quase tudo. A Lufthansa me deu de comer, então nada mais importou na vida.<br /><br />Em terras germânicas me despedi de Felipe, já que iríamos pegar dois voos distintos: eu para o Kansai International Airport, em Osaka, e ele para o Narita Int'l Airport, em Tokyo.<br /><br />Porém, mesmo antes de passar pela checagem de bagagens vi outro rapaz suspeito, dessa vez um que parecia descendente de japoneses. Daí perguntei na bucha: "é bolsista?", e aí descobri mais um pokémon, iariaira. Era João Ota, mestre em engenharia elétrica pela UNICAMP, e estava indo também para Tokyo pelo MEXT.<br /><br />Dessa vez deu para conversar bastante com João no tempo que levou para andarmos pelo (enorme) aeroporto de Frankfurt e uma rápida passagem pelo (mais uma vez) Mc Donald's (/nemcomi). Perguntei por outros bolsistas, mas ele também não sabia quantos havia ali, de modo que pensei quantos e quantas teria deixado passar porque simplesmente não pareciam. Por ex., lembro de uma moça com uma filhinha que ameaçou jogá-la no Rio Elba se ela não parasse de chorar. Não achei que fosse o perfil dos bolsistas em geral. #reflexão<br /><br />Despedi-me de João logo depois, já que, mais uma vez os voos seriam diferentes. Fadado à solidão eterna, segui para o saguão do portão que partiria o voo para Osaka, e lá já estava cheio de japoneses praticamente brotando do chão. Mais uma vez aguardei as 2h que me separavam no voo final, sentado com ar blasé e óculos escuros até abrirem os portões para Osaka.<br /><br />~OS PORTÕES PARA O FIM DO MUNDO~<br /><br />No próximo post: <span style="font-weight: bold;">Imaginations From The Other Side</span>.<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-18825510769035016492011-10-14T23:22:00.009-03:002011-10-15T11:27:27.244-03:00Uma Saga Chamada Monbusho<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.travelsaroundtheglobe.com/wp-content/uploads/18_8_orig.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 532px; height: 397px;" src="http://www.travelsaroundtheglobe.com/wp-content/uploads/18_8_orig.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Comecemos então do começo.<br /><br />Primeiramente, é possível encontrar o regulamento para a bolsa do MEXT (ou Monbusho), no site do Consulado Geral do Japão em São Paulo, que já indiquei em post anterior, mas, bem, <a href="http://www.sp.br.emb-japan.go.jp/pt/cultura/bolsa1.htm">aqui também tem</a>.<br /><br />No meu caso em específico, a juridisdição responsável pelo Rio Grande do Norte era o Escritório Consular do Japão no Recife. Sabendo já das regras da seleção e dos procedimentos documentais, desde janeiro de 2010 procurei preparar tudo logo de antemão para não ter problemas. O calendário da seleção em Recife foi como segue:<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Abril ~ Maio/2010: período de inscrição.</span> Os documentos deveriam ser enviados pelos Correios até a data de 28 de Maio, se não me engano. O e-mail para questões e requisição de formulários para a inscrição é esse: cjr(*)bs.mofa.go.jp, com @ no lugar do (*). O telefone para contato é (81) 3207-0190.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Junho/2010: período de provas.</span> As provas de idiomas se realizaram exatamente dois dias após o meu aniversário, no dia <span style="font-weight: bold;">7 de Junho</span>. Nessa ocasião, é preciso que o candidato se dirija obviamente até o prédio do Escritório Consular em Recife.<br /><br />As provas são de inglês e japonês, sendo a nota final definida pela maior nota entre as duas. Para quem não sabe japonês, é possível entregar a prova em branco. As provas de anos anteriores podem ser acessadas a partir do link do Consulado de São Paulo, como apontado já duas vezes nesse blog.<br /><br />O que pude perceber das provas: você tem uma hora para fazer cada uma delas. A de inglês do ano passado tinha nível aproximadamente de Intermediário-Avançado, enquando que a de japonês foi dividida entre uma parte de nível N4 e outra de nível N3 ~ N2, usando os níveis do Japanese Language Proficiency Test (JLPT ou <span style="font-weight: normal;"><span class="t_nihongo_kanji" lang="ja">日本語能力試験).</span></span><br /><br /><span style="font-weight: normal"><span class="t_nihongo_kanji" lang="ja">Fui à Recife com uma comparsa: <a href="http://www.facebook.com/profile.php?id=1489112066">Lílian Sólon</a>. Pegamos os mesmos voos e esperamos longos tempos no Aeoroporto Internacional dos Guarapes, chegamos na mesma hora para fazer as provas e tudo o mais. Para quem for fazer a seleção em Recife, recomendamos que fiquem em hotel em Boa Viagem, pois é o bairro onde o consulado está e também muito próximo do aeroporto. </span></span>De perto da orla (onde fica a maioria dos hotéis) até o prédio Empresarial Center I (o consulado fica no último andar) é cerca de 15 a 20 minutos a pé, então não precisará se preocupar com deslocamento ou atrasos.<br /><br />Chegando lá vimos já muitos concorrentes esparramados pelo hall da recepção. Ao total acredito que tinha cerca de 25 pessoas, apesar de que apenas duas ou três eram descendentes de japoneses. A questão é que as vagas eram apenas duas, então a competição ia ser acirrada e a prova uma eliminatória fatal.<br /><br />Nessa etapa, a dica é saber muito inglês, para se garantir e não precisar se preocupar. Para quem for tentar, procure praticar muita leitura, tanto revistas quanto livros e publicações em inglês. Claro que praticar muitas vezes as avaliações anteriores ajuda muito, principalmente pela questão da adaptação ao estilo do exame e ao tempo disponível, que é de apenas uma hora. Além disso, ambas as provas são apenas escritas, então não há necessidade de se preocupar (ainda) com conversação, audição ou redação em inglês/japonês.<br /><br />Se tiver condições, acredito que deve investir seu tempo no japonês também. A prova não é das mais fáceis, e especialmente em 2009 ela foi destruidora, mas a partir de 2010 ela ficou mais didática de se fazer porque valorizou também os conhecimentos básicos de língua japonesa. A questão é que, bem, caso passe você irá morar no Japão. <span style="font-style: italic;">Ergo</span>, não fara nenhum mal aprender a língua local, primeiro porque isso será um diferencial enorme para a seleção, visto que a grande maioria sabe apenas inglês; segundo porque te ajudará muito a viver por aqui, de verdade. Os japoneses em geral não costumam falar inglês, e uma vez que você não entenda <span style="font-style: italic;">engrish</span>, dificilmente entenderá o inglês que muitos deles falarem. Então aprenda japonês, nem que seja o basicão, porque assim eles entendem seu esforço e se tornam ainda mais corteses quando tentar se comunicar com eles. Na época, eu já tinha quatro anos de japonês nas costas (a duração do curso básico, nem se enganem) e nível N4 no JLPT e fiquei muito contente ao ver que conseguia fazer muita coisa na prova.<br /><br />Exatamente uma semana depois fui comunicado por e-mail e por telefone que havia sido selecionado para a segunda fase (YEY). Não estava esperando muito, mas aproveitei a chance para relaxar um pouco mais, pois agora seria entrevista no dia <span style="font-weight: bold;">18 de Junho</span>.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />Dessa vez fui sozinho para Recife num bate e volta onde fiquei morando muitas horas no aeroporto (que com laptop e wi-fi passaram voando). Dessa vez apenas quatro haviam sido selecionados, e eu fui o primeiro na lista para a entrevista.<br /><br />A mesa era composta pelo cônsul, uma senhora que aparentemente era psicóloga e um professor universitário descendente de japonês, parece que da área de engenharia. Eu esperava um foco muito forte na parte acadêmica, ou seja, muitas perguntas sobre meu projeto de pesquisa e histórico acadêmico. Porém concentraram as perguntas muito mais na parte capacidade de adaptação, se eu gostava de comida japonesa, se já tinha morado sozinho, essas coisas. Quanto a idiomas, foi quase inteiramente em uma mistura de português e japonês (apenas porque viram que eu tinha algum estudo no idioma) e uma pequena autoapresentação em inglês.<br /><br />No geral a entrevista foi muito agradável, apesar da quantidade de perguntas. Três dias depois, em <span style="font-weight: bold;">21 de Junho</span>, saiu o resultado: eu havia sido conseguido a aprovação do consulado.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Agosto/2010: período de busca pela aceitação de universidades japonesas.</span> Na etapa que se seguiu, foi-me orientado que eu buscasse um professor orientador japonês para me providenciar carta de aceitação tanto dele quanto da universidade.<br /><br />Eu já havia feito a triagem de professores com pelo menos um ano de antecipação, então havia chegado a hora de finalmente entrar em contato com eles. Depois de muito vasculhar o Japão por universidades que oferecessem pós-graduação bilíngue (inglês/japonês) em direito internacional, fossem as melhores no campo das ciências humanas e ainda por cima fossem nacionais (o termo que aqui nós usamos "federais"), cheguei às seguintes universidades (ufa): <a href="http://www.kobe-u.ac.jp/en/">Kobe</a>, <a href="http://www.osaka-u.ac.jp/en">Osaka</a>, <a href="http://www.nagoya-u.ac.jp/en/">Nagoya</a>, <a href="http://www.tsukuba.ac.jp/english/">Tsukuba</a>, <a href="http://www.hit-u.ac.jp/index-e.html">Hitotsubashi </a>e <a href="http://www.u-tokyo.ac.jp/index_e.html">Tokyo</a>. Dessas, consegui aceitação da Kobe University (a que eu realmente queria) e a da Nagoya University. O consulado aconselha que consiga pelo menos três cartas, mas se obtiver apenas uma está tudo bem.<br /><br />Depois disso só me coube esperar até sair a aceitação final pelo MEXT em fevereiro de 2011. Após perguntar exaustivamente a todos os bolsistas que havia conhecido, todos diziam que nessa etapa já havia 99% de aceitação, era questão apenas de aguardar.<br /><br />Contudo, especialmente nesse ano houve uma complicação inesperada. Devido a um corte orçamentário em junho de 2010, o MEXT teve que cortar cerca de 25% das bolsas que seriam oferecidas em 2011. Resultado: a minha foi cortada junto.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Fevereiro/2011: resultado final do MEXT. </span>Nesse mês, no dia 21, recebi notícia de que minha bolsa não havia sido concedida, então bola pra frente.<br /><br />Sendo que pouco menos de duas semanas depois, aconteceu o trágico terremoto seguido de tsunami na costa nordeste do Japão, provocando inclusive grave risco nuclear para boa parte do país. Apesar de ser bem distante da cidade que eu iria, foi um pouco aliviante saber que eu não iria para lá enquanto houvesse a possibilidade de uma catástrofe dessa magnitude. Porém, já estava me preparando para a seleção de 2011 quando na primeira semana de maio recebi uma ligação surpreendente.<br /><br />Justamente devido à catástrofe vários aprovados pelo MEXT desistiram de ir, e acabou sobrando vaga para mim, que tinha ficado na repescagem.<br /><br />Eis então o fator caos que eu havia mencionado anteriormente: para tirar a bolsa (o inesperado corte no orçamento) e para dá-la de volta (o terremoto), coisas que eu jamais esperaria e não estava de forma alguma nos planos, senão obscuras no espaço que cabia justamente ao elemento imprevisível da coisa toda. Faz parte.<br /><br />Daí fiz os preparativos, tirei visto e aguardei a partida, agora não mais abril, mas outubro de 2011! Nesse tempo entrei na especialização da UFRN em direito internacional, prossegui com os trabalhos da OTAN na SOI 2011, dentre outras coisas.<br /><br />Caso tenham interesse, muitas lacunas de informação daqui são cobertas no blog do André Kenji (ali nos links da barra lateral), que explica todo o procedimento detalhadamente. O próprio, por sinal, me ajudou bastante em todo o processo, juntamente com <a href="http://www.facebook.com/marcelo.fukushima">Marcelo Fukushima</a> e <a href="http://www.facebook.com/profile.php?id=618191474">Nicholas Bastos</a>.<br /><br />Atualmente estou estudando por aqui dentro do regime de bolsista pesquisador da <a href="http://www.gsics.kobe-u.ac.jp/index.html">Graduate School for International Cooperation Studies</a> do <a href="http://www.edu.kobe-u.ac.jp/ilaw/gsics-icl/index_e.html">International Law Program</a> na <a href="http://www.kobe-u.ac.jp/en/">Universidade de Kobe.</a> Em outubro do ano que vem passarei pelo exame do mestrado para daí então começar para valer os estudos. Mas mais detalhes sobre meu regime de estudos colocarei em outro post.<br /></div><br />No próximo post: <span style="font-weight: bold;">To The End of The World</span>.Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-25771195862969808302011-10-14T23:13:00.001-03:002011-10-14T23:13:44.753-03:00Stage Unlocked<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2brka9s5hT6EmTsYBrB0BY2SYvl0u2aH9sKau0XRFNyM6oPunPf2lyrbM2r4IXeEPnFpsSxhJT8IYiBdUvlrsLaCwL1OUhRA7g_Pfw6SIcfu1KcDaOycPZG9fXs135Dp7DHJGmxeFqSc/s1600/Kobe+Port+Tower.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 537px; height: 401px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2brka9s5hT6EmTsYBrB0BY2SYvl0u2aH9sKau0XRFNyM6oPunPf2lyrbM2r4IXeEPnFpsSxhJT8IYiBdUvlrsLaCwL1OUhRA7g_Pfw6SIcfu1KcDaOycPZG9fXs135Dp7DHJGmxeFqSc/s400/Kobe+Port+Tower.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5661829260360804818" border="0" /></a><div style="text-align: justify;"><br />A partir de hoje estarei relatando neste blog passagens de minha rotina aqui em Kobe, Japão, como bolsista do MEXT. Como prometido, frequentemente e a muitos, e depois de muito reclamar de gente que viajava e não cuidava dos blogs que faziam, usarei este meu antigo blog para servir de canal para mostrar o que estou fazendo aqui e expressar minhas impressões. Tentarei ao máximo dispor de detalhes, fotos e vídeos daquilo que achar interessante e digno de ser publicado.<br /></div><br />Mas antes, permitam-me uma breve digressão.<br /><br /><div style="text-align: justify;">Desde muito tempo tive interesse em fazer intercâmbio. Conhecer outros países, outras pessoas, viver como elas viviam, ver como elas viam, e toda a poesia da coisa. Nunca tive um lugar específico em mente, mas iria aonde surgisse oportunidade, e, principalmente, se houvesse uma bolsa de estudos na jogada. Acontece que em meados de 2006 descobri no curso de japonês que havia uma bolsa de estudos oferecida pelo Ministério da Educação do governo do Japão (MEXT) <a href="http://www.sp.br.emb-japan.go.jp/pt/cultura/bolsa1.htm">disponível para aqueles que pretendessem completar seus estudos de graduação, pós-graduação, técnico e etc. em terras nipônicas</a>. Interessado, investiguei mais a fundo e decidi: era essa que eu ia tentar. Daí então fui traçando um plano específico para ter sucesso no processo seletivo desta bolsa.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Acontece que nesse plano eu não poderia abrir mão do curso de japonês. Era meu diferencial, minha porta de entrada, meu trunfo para poder ter sucesso nessa empreitada. Como consequência, e por razões de conflito de horário, fora dos estudos não pude me dedicar a trabalhos remunerados, como os muitos estágios oferecidos aos estudantes do curso de Direito. Portanto abri mão de um maior conforto financeiro pessoal e experiência profissional para me dedicar exclusivamente a essa possibilidade. Considerei que, uma vez conseguisse alcançar esse objetivo, tudo o que viesse depois compensaria os sacrifícios que havia decidido fazer.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Porém, não era apenas isso. Desde o início meu foco era na carreira diplomática, e, apesar de ter aprendido a gostar muito de Direito, procurei manter esse foco até o final. Tanto que me dei liberdade para carregar comigo essas duas opções: tentar a pós-graduação na minha área em país estrangeiro ou estudo para o concurso de admissão do Instituto Rio Branco. Contudo, e dentro do contexto universitário de que fui parte, isso sempre foi considerado exótico, bizarro até. Muitos davam a entender que eu estava fazendo isso por um luxo pessoal, e não uma necessidade. Mas ainda que me tivessem como insensato ou apenas iludido, havia decidido desde o princípio de que era isso o que eu queria, numa vontade que beirava a obstinação. Até mesmo quando vez ou outra debati minhas escolhas com amigos, algumas vezes me apontavam que minha lógica não era assim tão infalível como eu julgava. Foram momentos importantes para que eu pudesse sempre estar pondo em perspectiva esse planejamento tão rígido.<br /><br />O porquê de eu ter decidido por essas duas opções não irei explicar aqui. Acredito que merece um post próprio, talvez em um futuro próximo.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Por ter pretendido desde o início da faculdade por estes caminhos pouco convencionais e com poucos precedentes, especialmente em Natal, significava que eu teria de correr atrás e buscar a experiência de outros que conseguiram, e partindo disso inovar dentro de minhas próprias possibilidades. Então foi o que tentei fazer.<br /><br />Agora, depois de anos, todo aquele planejamento que tracei do zero, construindo, derrubando, apagando, retomando, aperfeiçoando e avançando, finalmente deu o grande resultado esperado, embora que por vias inesperadas. Sempre procurei deixar espaço para o caos naquilo que planejava, e no final das contas, foi pelo caos que consegui concretizar meu objetivo. Essa história contarei no próximo post.<br /><br /></div>Contudo, preciso deixar claro aqui, e muito claro: não cheguei aqui sozinho.<br /><br /><div style="text-align: justify;">Se estou aqui, para cada passo lá estava alguém ao meu lado, muitos e muitos alguéns que me ajudaram a por tijolo por tijolo dessa empreitada. Se procurei fazer a minha parte em todo esse plano foi porque alguém me apoiava e me dava estabilidade para prosseguir, sempre.<br /><br />Eu obviamente não teria conseguido o que queria sem o apoio incondicional de minha família e de meus amigos. Devo tanto e por tantas coisas a eles que simplesmente não tenho como pagar senão com minha gratidão e apoio também incondicionais. E meus pais, em especial, que procuraram compreender desde o princípio minhas razões e decisões, e me ajudaram com tanta força que parecia que a escolha também tinha sido deles; que me proporcionaram tudo o que foi possível para que eu tivesse em mãos meios para fazer acontecer meus objetivos, que aguentaram minhas idiossincrasias e personalidade difícil e que sempre, sempre estiveram comigo. Muito obrigado a todos.<span style="font-size:100%;"><br /><br />E a seguir, no próximo post: <span style="font-weight: bold;">Uma Saga Chamada Monbusho</span>.</span><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-56969691310879374252011-10-10T10:03:00.008-03:002012-03-05T18:35:09.046-03:00Somewhere Far Beyond<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCwGuualWM96Z0x2PTpUo-P2kVscKBqVCDuzIPwGGJjuRrPukmr_G_KZmBABPfghOP87t4awlk_GKgAJ5eeVD1VXolNB8-ykX_obP2W2wlD6wyrDtSXl_imkBDPrrBmw6WENhG_ykIYTA/s1600/whelan-longroad.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 290px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCwGuualWM96Z0x2PTpUo-P2kVscKBqVCDuzIPwGGJjuRrPukmr_G_KZmBABPfghOP87t4awlk_GKgAJ5eeVD1VXolNB8-ykX_obP2W2wlD6wyrDtSXl_imkBDPrrBmw6WENhG_ykIYTA/s400/whelan-longroad.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5663532080963333266" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;">I come in the name of my father, my mother and my sister;</span><br /><span style="font-family:times new roman;">I come in the name of my grandfathers, grandmothers, and those before them;</span><br /><span style="font-family:times new roman;">I come in the name of my uncles and aunts and cousins;</span><br /><span style="font-family:times new roman;">I come in the name of the friends who remained loyal;</span><br /><span style="font-family:times new roman;">I come in the name of the teachers who were masters;</span><br /><span style="font-family:times new roman;">I come in the name of everyone who made this possible;</span><br /><span style="font-family:times new roman;">I come in the name of my motherland.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">I AM HALIS FROM NATAL, AND I COME AS MYSELF!</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">AND NOW I COME! I HAVE BEEN TRUE AND STILL CARRY THE TRUTH OF MY ELDERS</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">YOU SHALL OPEN TO MY HAND!</span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs4FrJ7-EnEz9NSmAFMyYzn_DnHtR-ITQWvV8gnLasTMjtiqIgOSvZFVkJ5eusOS1QJnbbJi2QQUkBKKxbeVAYRWOF5JftbzQ0JYKwrTob6F28hbXzdPYSRagYvEB4dEVaaOaJhSupe6Y/s1600/kobe+tower.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 278px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs4FrJ7-EnEz9NSmAFMyYzn_DnHtR-ITQWvV8gnLasTMjtiqIgOSvZFVkJ5eusOS1QJnbbJi2QQUkBKKxbeVAYRWOF5JftbzQ0JYKwrTob6F28hbXzdPYSRagYvEB4dEVaaOaJhSupe6Y/s400/kobe+tower.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5663532249692492722" border="0" /></a><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-45529193200738240042011-03-25T10:50:00.005-03:002011-03-25T11:43:06.970-03:0050 Centavos<div style="text-align: justify;">- Cê tem dinheiro?<br />- 25 centavos. E tu?<br />- 25.<br />- Super Nintendo hoje.<br />- É.<br /><br />E assim vão os dois pivetes, um meio galego e magro, outro meio gordo e cabelo espetado. Vão subindo a rua cada um com sua moeda presa na mão.<br /><br />A locadora era logo à frente, dobrando à esquerda. Era um galpão com fachada meio que misteriosa. Na placa, uma imagem do Homem-Aranha. No salão, TVs enfileiradas nos lados, cada uma com um videogame à disposição.<br /><br />Paraíso.<br /><br />- SNES?<br />- É.<br />- Quanto tempo?<br />- 50 centavos.<br />- 1 hora então. Termina às...10h17.<br />- Ok.<br /><br />Os garotos sentam nos bancos e pegam os controles.<br /><br />- Aquele de faroeste?<br />- Queria jogar Power Rangers.<br />- Dá tempo de jogar os dois.<br />- É né. Então faroeste.<br /><br />Logo o jogo iniciava, e os garotos tentavam fazer os cowboys escaparem de uma manada de búfalos, para logo em seguida enfrentarem o boss, o xerife corrupto que atirava barris.<br /><br />Depois vinha Power Rangers. O cartucho não quis pegar.<br /><br />- É poeira.<br /><br />Um deles assopra o pó da abertura do cartucho, já meio desgastado.<br /><br />O jogo funciona.<br /><br />Os garotos jogam. Morfam.<br /><br />- Billy tem soco de viado.<br />- Hehehe.<br /><br />Depois vinha Street Fighter. Ninguém escolhe Honda.<br /><br />- Para de dar hadouken. Tá apelando já.<br />- Mas é o golpe dele.<br />- Tá apelando!<br /><br />Um dos garotos fecha a cara, mas continua. O tempo já estava acabando.<br /><br />Escolhem Chun-li.<br /><br />- Olhe, dá pra ver a calcinha dela.<br />- Não tô vendo, onde?<br /><br />Pausam o jogo. Realmente dava para ver a calcinha de Chun-li.<br /><br />- Hehehehehehehehe.<br /><br />O tempo acaba. Saíram da locadora, tristes e cabisbaixos. Subiam e desciam a rua, e já estavam na esquina de novo, onde era a casa de um deles e onde as crianças costumavam se reunir.<br /><br />- Nada pra fazer né.<br />- É.<br /><br />Segundos passam.<br /><br />- Cê tem dinheiro?<br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-68886529354925128622010-11-17T23:02:00.013-03:002010-11-18T00:30:37.905-03:00King Está Certo<div style="text-align: justify;">Quem depende da imaginação traz tradicionalmente em sua atividade um quê de artimanhas e técnicas para aperfeiçoar seu trabalho e sua cabeça. Principalmente no que se refere à mais manhosa das emoções, mais ciumenta e mais temperamental: a inspiração.<br /><br />É muito fácil virar escravo dessa alma bandida, depender dela em todo e qualquer instante para que nossa imaginação consiga fluir impávida pelos veios de nossa criatividade. De fato, quando ela vem, tudo fica muito mais simples.<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVQsc83twbopM80DO6GJxZK9ypVMIk-wvkYKMmZVesyqySaUERW3h998mxoQ8tHO0GZUz1c-pEjPsfxNGZrm6EXjLg3ZsSlBoasl459hEn9f17AOBwpk4KeeerLkp1h6-k6JFAF2KXQ8Y/s1600/Calliope.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 191px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVQsc83twbopM80DO6GJxZK9ypVMIk-wvkYKMmZVesyqySaUERW3h998mxoQ8tHO0GZUz1c-pEjPsfxNGZrm6EXjLg3ZsSlBoasl459hEn9f17AOBwpk4KeeerLkp1h6-k6JFAF2KXQ8Y/s400/Calliope.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5540718438134925010" border="0" /></a><br />Talvez nós é que devêssemos ser cada vez mais independentes da inspiração, essa danada volúvel. Declarar independência dessa entidade instável que nos deixa miseráveis e degrada nossa dignidade, ao ponto em que fazemos de tudo para mendigar uma migalha de sua atenção mais medíocre.<br /><br />O mestre <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Stephen_King">Stephen King</a> sugere que <a href="http://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Special%3ASearch&search=hell+is+repetition">a repetição é o inferno</a>, mas que também leva a um sensível amadurecimento de quem precisa transmitir sua imaginação e concretizá-la no mundo real sob a forma que deseja. E, de fato, cada dia que passa esse conselho faz cada vez mais sentido.<br /><br />Principalmente porque eu não o sigo.<br /><br />Não importa quantas apoteoses imaginativas você tenha se não conseguir transportá-las para esta realidade de maneira que lhe satisfaça. Com o tempo, fica tudo aglomerado, acumulado dentro de sua mente. É como se tivesse guardado comida na geladeira por tempo demais. Quando você precisa, muita coisa vai estar embolorada, fora da validade e com o gosto ruim. Daí o que tinha de bom na maioria das vezes vai se perder irremediavelmente. E assim expiram as boas ideias, nunca aproveitadas.<br /><br />Além disso, pode ser uma das chaves para a prisão criativa em que às vezes a inspiração nos enjaula despudoradamente. Para pessoas perfeccionistas, certamente será um problema, já que se teimam a concluir algo que não esteja em um nível absurdo de qualidade. Mas, conformem-se. Ou sofram nas mãos dessa ingrata libertina.<br /><br />A repetição nada mais é que a prática constante, estável e paulatina. O acesso às rotas misteriosas e diáfanas que levam as coisas da imaginação para a realidade, com esforço, podem ser mais fluídas e mais cotidianas, dispensando circunstâncias ritualísticas e momentos sublimes para que se abram e despejem seu conteúdo maravilhoso a contento.<br /><br />Confesso que um dos meus maiores medos é o risco de banalização pela repetição, quando belas paisagens se transformam em meros panos de fundo insossos quando nossa rotina as domina e as despe de suas cores que as fizeram belas. Mas ainda sim, é tão melhor fazê-las parte de nosso dia-a-dia que as deixar ocultas e inabitáveis, até que virem terras estéreis, a própria sombra daquilo que poderiam ter sido e não foram.<br /><br />No final das contas, King estava mesmo certo.<br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-54987243253880027182009-07-31T20:40:00.005-03:002010-08-16T20:43:38.866-03:00Awesome<div style="text-align: center;"><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPTsimTdboPDMh8DAVQbGnzcrYNyO-CjSICYExDtk6nHa-MUyfN7VYlUHwkO6wOM6aV2xDRuUmXihTw7HMGG8eUNWS4KOhTzV70l6q7yzYX9K6sMH_3ZGdOfJBKS5bqimljWGv3BqLm8Q/s1600-h/STAR+AWE.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 332px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPTsimTdboPDMh8DAVQbGnzcrYNyO-CjSICYExDtk6nHa-MUyfN7VYlUHwkO6wOM6aV2xDRuUmXihTw7HMGG8eUNWS4KOhTzV70l6q7yzYX9K6sMH_3ZGdOfJBKS5bqimljWGv3BqLm8Q/s400/STAR+AWE.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5364773885217537938" border="0" /></a><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-75742066808052477572009-07-31T19:02:00.005-03:002010-11-18T00:07:40.956-03:00Future Me<div style="text-align: justify;"><span style="font-family:arial;"><br />Já imaginou, daqui a 29 anos receber um e-mail mandado por seu eu de hoje? Que tipo de coisas você diria? E que tipo de reação teria? Provavelmente até lá você já terá se esquecido até de que tinha mandado. A melhor parte é a sensação de viagem no tempo, sem dúvida.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Mandei menos de um ano atrás e já nem sei pra quando eu mandei, nem o que estava escrito nele.</span><br /><br /></div><div style="text-align: center;"><a href="http://futureme.org/"><span style="font-weight: bold;font-family:arial;font-size:180%;" >| FUTUREME.ORG |</span></a><br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-26031994137748001492009-07-31T15:48:00.003-03:002010-08-16T21:03:30.216-03:00Lang-8<span style="font-weight: bold;font-family:arial;" ><br /></span><br /><a style="font-family: arial;" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSwo55MPas54280H6SIxa54BsqspwRr8LB6GQvYlWrPF2RBM4m69x8I3Nn9wUAEQCILM1v1TXPzcmUWtdHQAwWGKZUFrExAvdVbwfHlNY3R4Vghufxlss5qCmS0ZzpD_E-f-cA3vdlA6A/s1600-h/Lang-8.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 209px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSwo55MPas54280H6SIxa54BsqspwRr8LB6GQvYlWrPF2RBM4m69x8I3Nn9wUAEQCILM1v1TXPzcmUWtdHQAwWGKZUFrExAvdVbwfHlNY3R4Vghufxlss5qCmS0ZzpD_E-f-cA3vdlA6A/s400/Lang-8.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5364701442521552962" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify; font-family: arial;">Pra quem estiver estudando qualquer idioma, o Lang-8 é bem interessante, de verdade. Nele, o foco é na escrita, ou seja: você escreve um texto, e lá vem um nativo do idioma que você está estudando corrigir, se tiver falhas. Aí você pergunta: "como eu vou saber se ele tá me ensinando certo?". Pois bem, aí que está o pulo do gato: necessariamente, cada usuário deve colocar sua língua nativa, assim como a(s) língua(s) que está aprendendo, de tal maneira que todos são ao mesmo tempo professores/alunos. Além disso, cada correção feita pode valer pontos cumulativos, valorizando seu esforço.<br /><br /><a href="http://lang-8.com/50593">Arrisquei um perfil por lá</a> e, no primeiro texto, em 3 minutos três pessoas já tinham corrigido. Nada mal esse <span style="font-style: italic;">feedback</span> hein? Mas é bom atentar pra o fato de que, pelo que tenho percebido, o pessoal não ajuda quem não ajuda: se você não tem um pontinho sequer de correção em textos de usuários que estejam aprendendo sua língua, é bem capaz de que ninguém venha dar uma olhadinha nos seus também.<br /><br />Antes que perguntem, já surgem automaticamente os últimos textos disponíveis pra você corrigir, em um espaço similar ao "<span style="font-style: italic;">home</span>" ou "página inicial" do Orkut. Bem, de qualquer forma, melhor olharem com seus próprios olhos e começarem a escrever, porque vale a pena. Começar um diário em outro idioma assim ainda é mais indicado justamente por causa das correções de seus eventuais escorregões, e ainda se ganha de brinde mais alguns colegas virtuais...<br /><br />Recomendado!<br /><div style="text-align: center;"><a href="http://lang-8.com/"><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" ><span style="font-size:180%;">| LANG-8</span></span><span style=";font-family:arial;font-size:180%;" > |</span></a><br /></div><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-24457113813020752112009-07-31T08:23:00.002-03:002010-08-22T22:33:06.378-03:00Intercâmbio astrológico<span style="font-family:arial;">"Airy Gemini and enthusiastic Dragon combine to make a real character. These people have a razor sharp wit and are verbally adroit.</span><br /><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-family:arial;">"Gemini Dragons are not fools, they use humour to make a serious point and are very principalled</span> <span style="font-family:arial;">You're probably one of the best gifted persons of the Chinese and Western zodiacs. And this is often your drama! Indeed, if you can succeed in practically everything, you also have an interest in everything, whence difficulties of choice. In fact, you can know success only if you can manage to fix yourself and to devote your energy to a well defined art or job.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">"You possess much charm and powerful personal magnetism. One cannot count the number of your friends and acquaintances. However, you can have violent and sudden fits of </span><span style="font-family:arial;">anger. In spite of your beautiful self-assurance, you are not immune to</span><span style="font-family:arial;"> moments of depression and disarray because you don't know how to spare your forces or foresee an escape issue.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />"Having many good ideas and vast projects, you don't bear mediocrity. You're extraordinarily gifted for theatre, acting, painting, writing, and financial matters. You always tend to have too big ideas, which can cause you failures because of lack of means.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">"Loyal in friendship, you're rather unstable and indecisive in love. You give your preference to conquests that flatter your prestige or that make you accede to a social or mundane position. Status is an important element in your union or marriage."</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Mistura de astrologia ocidental e oriental (no caso, os do autor deste blog, Gêmeos e Dragão).<br /></span><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-2387624405464049812009-07-15T10:31:00.001-03:002010-08-16T20:30:58.188-03:00Vox nihili<div style="text-align: justify;"><br />Uma opinião de verdade necessariamente envolve fundamento. Dizer somente "é bom" ou "é ruim" nada mais é que uma casca vazia, uma estrutura frágil como uma bolha, um fiapo de ideia que a qualquer momento pode esvanecer com um mero sopro contrário. É <span style="font-style: italic;">vox nihili</span>, é voz do nada.<br /><br />Opiniões <span style="font-style: italic;">vox nihili</span> são facilmente reconhecíveis, simplesmente porque não têm fundamentos que obedeçam à um raciocínio lógico, e quando os têm, são vagos, extremamente subjetivos e pouco concretos. Nascem, tipicamente, do pouco pensamento, ou em pior hipótese, da escassa construção do pensamento. Não há suficiente material racional pra construí-lo.<br /><br />Essas pestes se escondem atrás da aparente fortaleza da subjetividade para bloquear qualquer tentativa de se racionalizar a questão. Apenas porque é uma questão de gosto não significa que não existam razões/causas para isso. Certamente, se essas razões/causas são corrompidas, ou falsas, ou ilusórias, bem, aí já é outra história.<br /><br />O fato é que uma opinião real constitui em si um fundamento racional. Em outras palavras: sem fundamento dessa natureza, essa opinião se transforma em nada, e, particularmente, entra por um ouvido, sai pelo outro. É <span style="font-style: italic;">vox nihili</span>.<br /><br />Fuja das expressões vazias e sem sentido, das opiniões vagas e frágeis. Quem mais sai perdendo é você que opina, porque além de economizar pensamento valioso na hora de se expressar, ainda gasta o tempo daquele que está te ouvindo/lendo, o que é realmente lamentável, não acha? Por isso, da próxima vez que não ter gostado de "Aventuras de Zuzubalândia", ao invés de falar "uma porcaria, não tem enredo, os personagens são totalmente apáticos", comente algumas razões minimamente lógicas que o levaram a chegar a essa conclusão. Sem isso, sua opinião correrá o sério risco de cair no vazio.<br /><br />Obviamente, existem exceções que pertencem, essas sim, a algumas áreas pouco afeitas à racionalização, como aquelas que regem o amor profundo e a felicidade plena: nesses, a lógica simplesmente deixa de funcionar.<br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-53130163478389635142009-03-13T18:03:00.002-03:002010-11-18T00:13:59.992-03:00Estar ou não ser?<div style="text-align: justify;"><br />O verbo "To be" da língua inglesa é comumente traduzido como o mais elementar e essencial de todos: ser/estar. Mas, como podem ver, em inglês não há diferença linguística para dois fenômenos tão distintos. Enquando "ser" denota um estado de existência <span style="font-style: italic;">a priori </span>permanente, o "estar" indica uma condição passageira. É diferente falar "sou doente", e "estou doente"; "sou chato", e "estou chato". Além de permitir uma variedade de expressões, de outro modo impossíveis de se realizar em vários idiomas, comporta em si uma representação verbal da própria forma de se enxergar o mundo e a si mesmo.<br /><br />Na verdade, seria óbvio que houvesse essa diferença, afinal, era de se crer que o ser humano soubesse diferenciar o <span style="font-style: italic;">ser</span> do <span style="font-style: italic;">estar</span>, o que <span style="font-style: italic;">é </span>do que<span style="font-style: italic;"> está sendo</span>. Mas ela simplesmente não existe. E isso me deixou bastante atônito na primeira vez em que percebi essa disparidade inexistente em outras línguas conhecidas.<br /><br />Claro, alguém pode argumentar, com um recurso deveras filosófico, que o ser nada mais é que a permanência prolongada do estar, de maneira que o estar é permanente, e o ser, inexistente, pois a idéia é que a matéria é mudança constante e infinita, e jamais será a mesma no mesmo local e instante. Mesmo que algo esteja aparentemente imutável e permanente, a níveis quânticos, os elétrons de seus atomos estarão em posição diferente a cada instante, e assim, movimentar-se-á a essência do objeto, fazendo mais com que ele "esteja", do que propriamente "seja".<br /><br />Certamente é uma contraposição válida, mas no dia-a-dia não nos preocupamos muito com o movimento e o momento dos elétrons na hora da comunicação. Daí, pois, podemos considerar que a diferenciação entre "ser" e "estar" é mais sócio-filosófico que propriamente quântico-filosófico, posto que habitualmente podemos distinguir como "ser" aquilo que o objeto representa de si mesmo a maior parte do tempo visível, ou pelo menos o que cremos que ele seja. Paralelamente, o "estar" formaria um momento intermitente, dentro do qual o objeto não <span style="font-style: italic;">é</span> assim, mas devido a alguma razão, <span style="font-style: italic;">está</span> assim, em dado instante.<br /><br />Dada a diferença, refletimos: a linguagem é o meio pelo qual organizamos nossos pensamentos sob uma forma inteligível a alguém, e, sendo inclusive o pensamento não raro transposto no idioma que se conhece, <span style="font-style: italic;">ergo</span>, podemos auferir que a linguagem também é o instrumento pelo qual existimos em nós mesmos.<br /><br />Aí reside o horror da questão: se há línguas - e por consequência - pensamentos que não apresentam diferenças óbvias e extraordinariamente essenciais como ser/estar, que tipo de omissões estará fazendo a língua portuguesa quanto a outros termos, tão ou mais importantes, que existem em outros idiomas, e que simplesmente ignoramos? E, pior ainda, mesmo sem conhecer, provavelmente viveremos o resto de nossas vidas sem maiores transtornos linguísticos por não perceber tais obviedades.<br /><br />O óbvio certamente tem maneiras complexas de se camuflar na sua própria simplicidade.<br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-34675667722490890312009-02-20T09:15:00.001-03:002010-08-16T20:54:17.906-03:00Ordinárias Invenções Extraordinárias #1<div style="text-align: justify;">Nasce uma nova seção! Dedicada, obviamente, à pequenas (ou grandes) invenções que deveriam ser aparentemente óbvias, mas que por algum motivo, ou ainda não foram pensadas, ou o foram, mas, Deus sabe o porquê, ainda não colocadas em prática.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">#Refrigerante em Tablete#</span><br /><br />Para quem está resfriado, ou no começo de gripe, geralmente recomendam-se doses de vitamina C concentradas, que vêm em forma de discos laranjas em embalagens cilíndricas, e dissolvem na água. Bem, eu particularmente acho o gosto muito bom, e é de tal forma prático que, afinal, por que ainda não inventaram antes um refrigerante assim?<br /><br />Imagine um desses mini-discos, sendo que de Coca-Cola. Coloque água em um copo, e jogue o "comprimido". Espere cerca de um minuto, e pronto, eis um belo espécime de bebida refrescante! Não parece maravilhosamente prático?<br /><br />Modéstia à parte, eu particularmente achei genial. Praticamente uma epifania gasosa.<br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-53186284933671463272008-11-28T21:46:00.002-03:002010-11-18T00:11:17.008-03:00Diário de um Barbudo<div style="text-align: justify;"><span style="font-family:arial;">Ho<span style="font-family:arial;">je faz um mês e vinte e oito dias que não faço a barba. Longa jornada.</span></span> <span style="font-family:arial;">O mais impressionante é que não sei explicar muito bem o porquê. As pessoas tentam, mas não ajudam muito. "Perdeu aposta?". "Virou revoltado?". "É promessa?". "Vai encenar Jesus Cristo, meu filho?". Bem, eu acho que é mais ou menos um pouco de cada coisa (menos a parte de Jesus). A melhor resposta que já dei, creio, foi quando disse que era uma "experiência estética". </span><span style="font-family:arial;"><br /><br />É divertido, mas </span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkv0oJ3dHCQF1o8JPwyq01RcrtQwOT8scYI-8hyphenhyphentBZe0C0-k8e86L_spEMWgKpVt3MCV0R6_ttLKE75E2xgaD6S4M822HFiiTdwDQwpkjHQ66A50SpzY7pXAMRne4dAfmL0kCZHXfqdEc/s1600-h/beard.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 250px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkv0oJ3dHCQF1o8JPwyq01RcrtQwOT8scYI-8hyphenhyphentBZe0C0-k8e86L_spEMWgKpVt3MCV0R6_ttLKE75E2xgaD6S4M822HFiiTdwDQwpkjHQ66A50SpzY7pXAMRne4dAfmL0kCZHXfqdEc/s320/beard.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5273881211122637010" border="0" /></a><span style="font-family:arial;">assustador, ver a reação das pessoas. Tem gente que não liga, mas são poucos. A maioria faz sempre</span><span style="font-family:arial;"> a mesma exclamação, meio pergunta, meio assombro: "Que barba é essa!?!?". Eles não vêem, mas eu rio muito por dentro. Não deles, mas da situação, claro. Haha.</span> <span style="font-family:arial;"><br /></span><br /><span style="font-family:arial;">Também tem aqueles agressivos, que só faltam me arrancar os cabelos do rosto, horrorizados como se isso fosse um crime bem <span style="font-style: italic;">punk</span>, como, vamos ver, genocídio, ou coisa que o valha. "Vai tirar AGORA!</span><span style="font-family:arial;">". Quem mais </span><span style="font-family:arial;">se encaixa nesse quadro são alguns anciões da família e outros tão conservadores quanto.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Ah, mas também tem aqueles que gostam abertamente. Alguns são mais sinceros que outros, que gostam de incentivar as polêmicas. Mas, bem, fico sensivelmente mais feliz quando elogiam minha nova figura. E quem resiste a elogios? Eu não. Mas, infelizmente, para os fãs, ela já tem data para ir embora: 1° de Janeiro de 2009. Não chorem, ela volta assim que eu tiver disposto mais uma vez.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />A parte mais interes</span><span style="font-family:arial;">sante é a investigação sociológica (soou petulante, mas foi sem querer). Barbudo, consigo fazer breves considerações </span><span style="font-family:arial;">sobre o comportamento humano que de outro modo não poderia. Eu realmente gostaria de citar novidades e grandes elucubrações de meu pequeno pseudo-estudo, mas eu não as tenho. Agora. Após um período de férias da experiência e do flerte com a maturidade visual <span style="font-style: italic;">viking</span></span><span style="font-family:arial;">, talvez faça considerações especiais por aqui mesmo, pra quem quiser ler.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Para finalizar, uma frase que achei bastante conveniente e, por que não, lisonjeira:</span> <span style="font-style: italic;font-family:arial;" ><br /><br />"A man with no beard is half a man!"</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /></span><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-83995874777296352362008-11-24T11:37:00.004-03:002010-11-18T00:20:22.696-03:00It's All About Music<span style="font-family:arial;">Acredito que a música molda a personalidade.<br /><br /></span> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family:arial;">Sim, e o faz de maneira impressionante e bastante perceptível, para aqueles que prestam atenção. Não estamos falando de classificações e tribos urbanas, como, "forrozeiros", "metaleiros", "sertanejos", e coisas afins. Falamos da função primordial da música, que é a de nos fazer sentir bem, independentemente do tipo de música que ouvimos. As es</span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYwlI01PtP7JT4_Tujj6E1aVPUalchW21PyRvgd_gsn80Q1018pLg-3_zRbuooeTtUeakhSoUk2qgUgC1dvSGC47HhyphenhyphenJb9kV3NczlCkI28Bo21VUB_G9ZclMklyRaUG8De93VHSgH_lUE/s1600-h/jimmy_page_biography.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 152px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYwlI01PtP7JT4_Tujj6E1aVPUalchW21PyRvgd_gsn80Q1018pLg-3_zRbuooeTtUeakhSoUk2qgUgC1dvSGC47HhyphenhyphenJb9kV3NczlCkI28Bo21VUB_G9ZclMklyRaUG8De93VHSgH_lUE/s200/jimmy_page_biography.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5272253732266017602" border="0" /></a><span style="font-family:arial;">c</span><span style="font-family:arial;">ol</span><span style="font-family:arial;">h</span><span style="font-family:arial;">as que fazemos em relação à tudo aquilo que adentra pelos nossos ouvidos nos </span><span style="font-family:arial;">fazem pessoas, no mínimo, mais diferentes, e isto repercute não apenas dentro de sua própria cabeça, mas também no seu círculo de contatos sociais, e até mesmo em sua saúde mental.</span> <span style="font-family:arial;"><br /></span><br /><span style="font-family:arial;">Falemos, pois, de algumas considerações genéricas. Em primeiro lugar, se você gosta de ouvir um tipo A de música, é provável que você também se relacione com pessoas que também gostem de ouvir A. Dessa forma, a probabilidade de vocês irem à um evento ou ambiente em que a música A seja freqüente é bastante considerável. E é, dentre outras coisas, à partir dos l</span><span style="font-family:arial;">ugares que você freqüe</span><span style="font-family:arial;">nta e das pessoas com quem você anda que sua personalidade vai sendo construída</span>.<br /><br /><span style="font-family:arial;">Quando alguém fala que é eclético, e que ouve de tudo, minha primeira reação é de descrença. Simplesmente porque se tudo entra</span><span style="font-family:arial;"> em seu ouvido, e você a tudo gosta, então ou você é completamente indiferente à música (coisa, devo dizer, bastante triste), ou você realmente tem um ouvido que é um </span><span style="font-family:arial;">terreno baldio.</span> <span style="font-family:arial;">Claro que existem pessoas maravilhosamente ecléticas, mas até para elas existem limites. Inclusive, considero muito interessante conhecer pessoas com uma vasta biblioteca musical na cabeça. Mas dizer "Sou eclético, gosto de forró à axé, de p</span><span style="font-family:arial;">agode à funk", perdão, mas isso não é bem o que se pode chamar de eclético...</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Há ainda aqueles com instintos triba</span><span style="font-family:arial;">is e fanáticos, que só</span><span style="font-family:arial;"> ouvem um único tipo de música, e de quebra, ainda menosprezam e até odeiam as demais. Isso é comum, e só pra citar um exemplo, prático, alguns entre os "metaleiros</span><span style="font-family:arial;">", que se autoproclamam como tal e tecem sanguinárias críticas à gêneros musicais mais populares, como o pagode. Ok, o inverso também existe, mas </span><span style="font-family:arial;">só pra alertar os simpatizantes: gosto muito de ouvir metal. Não ouço com freqüência músicas de pagode. Mas, já ouvi muito heavy metal</span><span style="font-family:arial;"> horrível, e músicos de pagode realmente admiráveis. Na dúvida, ao invés do rótulo, escolha a boa música, que há em todos os campos. É bom não deixar que a má música feita sob um ou outro rótulo deixe uma má impressão generalizada; assim como poucas coisas no mundo são absolutas, certamente a necessariedade da relação entre gênero e qualidade musical também não o é.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">E o que é boa música? Creio que s</span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy4bRF0VZ92Ofj7z2ztklJ3HMAlDvZFSEedgC3lGCHMP3QGGiQwh_5rgfOQ63c_Y09HNN3TOT-O9xvI4wamaJi74IvxM3c5ftdUkhtaIQaLYTKKx5ebO1cFQi5sdbNg7pTJW87jOvMGmM/s1600/queen.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 320px; height: 262px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy4bRF0VZ92Ofj7z2ztklJ3HMAlDvZFSEedgC3lGCHMP3QGGiQwh_5rgfOQ63c_Y09HNN3TOT-O9xvI4wamaJi74IvxM3c5ftdUkhtaIQaLYTKKx5ebO1cFQi5sdbNg7pTJW87jOvMGmM/s320/queen.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5506159203312857778" border="0" /></a><span style="font-family:arial;">eja o tipo de música que você ouve que atiça ou não sua imaginação, que te traz sensaçõe</span><span style="font-family:arial;">s e energias que tipos B ou C não provocam. E é justamente essa explosão de energia musical que te faz gostar do tipo A ou B. Certamente, nem sempre é tão violento quanto uma explosão, pode ser através daquela tranqüilidade cerebral, aquele gosto de quero ouvir de novo, ou mesmo a terna sonoridade da boa música. Tanto faz.</span> <span style="font-family:arial;">Tanto faz também o tipo de música. Pode ser A, B, C, ou mesmo BCA ou ACB, misturando tudo, porque eu acredito que, o que de fato importa, não é propriamente aquilo que se escuta, mas sim o quanto ela te faz ir do êxtase ao desespero, da angústia à euforia, da saudade à obstinação: afinal de contas, é a música a mais intensa das artes.</span><br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-26511833310988280512008-09-29T13:24:00.000-03:002008-09-29T15:16:07.142-03:00Discurso, Verdade e Poder: A Sociedade Japonesa na Segunda Guerra Mundial<div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" ></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:arial;"><br />Teorizar acerca das estruturas que permitem ao discurso o poder que lhe é inerente reforça a idéia de que a essência da verdade em si se encontra amplamente acorrentada à idéia de convenção social e reinvenção do que é verdadeiro a partir de uma transformação social. Diz-se que a história é escrita pelos vencedores, e sendo assim, partindo-se do pressuposto de conflito de classes permanente da civilização humana (segundo os teóricos do socialismo Marx e Engels) e da concepção de que a história propriamente dita nada mais é que uma constatação de fatos, podemos refletir sobre a mudança que pode ser apontada para o caráter de verdade no movimento do fluxo histórico.</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">O detentor do poder econômico molda o modelo de verdade que deve ser adotado por todos os grupos, levando assim a uma reconstrução de dogmas sociais a cada período revolucionário. O poder da palavra advém do modo como o processo histórico é reescrito no decorrer dos anos, fornecendo às gerações futuras conhecimento, de modo algum holístico, mas bastante parcial com relação à determinada época, provocando a quebra de uma verdade que seria mais pura e originando um estilhaço da verdade refletindo a parcialidade do discurso.</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">Os grandes conflitos da humanidade são povoados de discursos unilaterais que regem os sistemas de cada parte envolvida, um universo multipolar de verdades absolutas corroídas pelo desejo de poder e dominação. O principal objetivo desse totalitarismo verbal nada mais é que um foco na ação dos indivíduos que compõem a nação de forma a direcioná-los de acordo com os objetivos desejados por aqueles que detêm o poder do discurso, e, por conseguinte, o poder de criar uma verdade, mesmo que numa visão mais ampla da situação ela se mostre falsa. Discernimento para diferenciar tais opostos é, de fato, um caminho deveras complexo, permeado de dúvidas e desilusões.</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">Dentro do contexto da Segunda Guerra Mundial, um dos mais catastróficos exemplos bélicos da história do homem, surgem dois pólos dualistas de confronto: o nazi-fascista, encabeçado pelo eixo Itália, Alemanha e Japão; e o democrático, liderado pelos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha. A sociedade japonesa, nosso atual objeto de estudo, situar-se-á nesse período conturbado de trevas, onde a iminência de armas de destruição em massa e uma nova onda ideológica assombravam as nações.</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">No final do século XIX o Japão vivia os últimos resquícios do feudalismo e da política de isolamento imposta pelos Tokugawa, quando da derrocada do Xogunato e ascensão dos Monarquistas (estes defensores do Imperador e de uma abertura do país ao Ocidente). Com o Imperador Matsuhito instaurando a Era Meiji, logo após a derrota dos xoguns e dos daimiôs, iniciou-se uma nova era para a nação nipônica, visto que a influência ocidental foi de grande importância para tais transformações.</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">Em tese, o povo japonês, diante da modernidade em vários aspectos do Ocidente, desejava alcançá-lo a fim de configurar-se no mais alto patamar da hierarquia mundial. Em outras palavras, o senso hierárquico de tal povo era forte o bastante para dar a cada elemento o seu devido lugar, respeitando a ordem do superior por sua demasiada responsabilidade e exercendo o papel de tutor ao seu inferior; buscava, baseado em seus ideais nacionalistas, ser líder dentre as grandes nações. Apenas através de uma política de conquistas pretendiam alavancar o Japão como uma potência a partir de atos bélicos como a invasão da Coréia, de Taiwan, e da região da Manchúria nas primeiras décadas do século XX.</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">Sob essa perspectiva, podemos considerar, então, que o perfil do governo japonês assemelhava-se nos quesitos de alto nacionalismo e desenvolvimento armamentista aos dos contemporâneos governos fascistas (como Hitler, na Alemanha, Mussolini, na Itália, e Franco, na Espanha), embora em seus objetivos se diferenciarem destes profundamente. Envoltos pelo discurso de grandeza, partiram para um lugar, seu “devido lugar”, na esfera global, mesmo que isto inferisse no conflito armado com outros povos (como os coreanos e chineses). É em tal ambiente psicológico que se encontra a sociedade japonesa pouco tempo antes da eclosão da Grande Guerra. </span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">Dadas as informações supracitadas, partamos agora para uma análise mais detalhada das funções do poder e da força verbal. Mesmo durante as guerras civis envolvendo os exércitos leais ao xogun e os monarquistas, havia uma grande confusão acerca dos objetivos e das motivações de cada lado. Inverdades e falsas informações eram disseminadas em cada extremidade como verdades íntegras de valor e sentido, fornecendo margem ao ódio e à fúria. Ora, que melhor combustível poderia inflamar ainda mais o sangue de um homem que aquele da palavra envenenada? A manipulação do poder, e do que constituía de fato o poder em si, era uma questão chave para o sucesso de qualquer dos lados. O manejo de um discurso correto significava um grande passo rumo à vitória.</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">A partir do momento em que o Imperador passou a ser um simples fantoche nas mãos de um líder militar (o xogun), o jogo de palavras acentuou-se ainda mais, descaracterizando a figura sacra do descendente direto da grande deusa Amaterasu como apenas um enfeite belo e santo no topo de todo o Japão. A verdade dos deuses, repassada ao Imperador, e concedida ao xogun por meios misteriosos, pois, na meta de preservar a figura do líder religioso, o líder militar assumia a responsabilidade para com os assuntos considerados “mundanos”, agarrando para si o poder de governar uma nação em nome do Imperador. Controle do poder, exercício de soberania, pois, apenas com o domínio das palavras sagradas e do discurso valorativo pôde se alcançar o nível de concentração de posses que caracterizou o Xogunato. Com o advento de Commodoro Perry, da marinha americana, e sua ameaça aos portos de Kyoto tempos depois, forçando a abertura destes, iniciou-se o processo que culminou com as diversas batalhas que levariam ao fim do feudalismo e início da Era Meiji.</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">Chegando, enfim, ao período ativo do Japão durante a Segunda Guerra Mundial, percebemos um fato extraordinário que não há de se deixar passar em branco. Muito se aclama acerca dos kamikaze que devotavam sua vida ao bem do seu país. Contudo, ressaltemos que o senso de consciência de coletividade dos japoneses é um caso raro na história, pois reflete uma enorme homogeneização, resultando na maior facilidade de canalização de ideologias e vontades. Junte-se a isso a noção rígida de hierarquia, e presenciamos um exército de praticamente autômatos prontos a realizarem sua missão, sem ao menos duvidar do por que disso ou daquilo e fornecendo uma via mais poderosa para a efetividade de uma ordem superior. A verdade de poucos, mesmo que inapta e decadente, acaba por decidir o destino de muitos sem que estes sequer questionassem tal verdade, procurando varrer da mente aquilo que nos faz tão humanos, que é a própria dúvida. A palavra do superior, absoluta acima de tudo, embora partindo de um ser imperfeito e submetido a erros de formulação e a emotividade humana. Afinal, que verdade haveria de ser posta aos olhos daqueles que lutam senão a verdade de seu próprio lado? E se fosse mostrada mais de uma, o que iria curar o princípio da incerteza, fatal numa guerra? Será que, para tais pessoas, não existiria uma única verdade, pura e simples? Que verdade não haveria de parecer absurda senão aquela que lhes foi imposta?</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">A concepção de verdade revela apenas a fragilidade dos conceitos humanos ante o mundo que o circunda e as relações que desempenha entre si próprio e o indivíduo com quem interage. Mentiras e falsidades podem ser verdades, e o inverso também recíproco. Qual a referência para isso? Com que certeza podemos distinguir verdades e mentiras? E, mais do que isso, por que às vezes damos nosso sangue em prol daquilo em que acreditamos piamente, mesmo sem pensar se talvez isto não seja tão certo? E de certa forma, quem somos nós para criticar a posição tomada por outrem ante sua própria concepção do verdadeiro?</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">A dúvida nos ensina a caminhar com o nosso pensamento. Duvidar de tudo nos torna céticos, duvidar de nada nos torna ingênuos. Duvidar apenas, eis algo que pode ser pensado com coerência. Contudo, apenas este ato, e toda a convicção de um soldado que está frente a frente com o inimigo poderá se esvair em um segundo, assim como o término de sua própria existência. Daí a grande importância de um discurso único, forte, de verdade imbatível, simples e, portanto, insofismável. A diferença entre viver e morrer apenas embasada em uma crença talvez até infantil, mas se inabalável, capaz de levar uma nação inteira à vitória.</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">Diante dessa capacidade intrínseca ao valor do discurso, a linguagem nos torna subservientes a ela e engloba também o que nos torna aptos a ver o mundo. Foi apenas através da escrita que pudemos transmitir pelos séculos nosso conhecimento e vivência enquanto seres humanos sem nos desvirtuar tanto o quanto nos proporcionaria uma transmissão verbal.</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">Quando, na frente de batalha, ocorria uma derrota, os meios de comunicação prontamente assumiam que as autoridades responsáveis já haviam calculado e previsto que tal fato viria a acontecer, explicitando também que providências cabíveis já estariam sendo tomadas (mesmo quando, na maioria das vezes, tal coisa tenha sido totalmente inesperada). Até mesmo na mais crucial das derrotas, isto ocorria, e os que recebiam tal informação acreditavam (a fonte da informação, se do governo, conferia um status de superioridade, e, portanto, alta hierarquia). Isso, de fato, auferia segurança, bem inestimável em tempos de guerra. O que teria acontecido se toda a verdade fosse revelada? O valor da verdade pura nem sempre é benéfica, quando daí tiramos a conclusão de que até mesmo as mentiras são necessárias, tanto quanto a própria verdade. Portanto, que haveria de discurso sem a não verdade? Sem um oposto para fornecer-lhe um antagonismo, será que existiria verdade de fato, ou apenas o que é em si, sem julgamentos axiológicos em torno dele?</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">Retornando ao motivo citado inicialmente, o medo, este o pior dos inimigos, de perder o controle, de estar diante de algo, acima de tudo, desconhecido, não seria a maior derrota de todas? Quão sábia foi a atitude da mídia oficial ao relatar-lhes isso de tal modo? O poder da palavra vem principalmente do grande sentido destas: palavras são conceitos, e conceitos são visões limitadas de uma realidade abstraída. Se no discurso as palavras são as chaves para a transformação da realidade, são, também, as portas para a delimitação de um sentido real e, na lógica humana, verdadeiro. Em suma: palavras são verdades dispostas, deliberadamente ou não, em um sistema denominado linguagem.</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">Com a derrocada do Eixo, ao Japão foi forçada a rendição, e o ataque de duas bombas atômicas de terrível efeito ao arquipélago. O Imperador perdeu seu status de divindade na Terra e passou a agir de acordo com uma constituição pré-ordenada pelos Estados Unidos da América. Foi também coagida à devolução das terras tomadas antes à Guerra, e severamente limitado seu contingente militar. A partir de então, uma nova identidade se aplicava à nação japonesa, quando os EUA ofereceram-lhe o Plano Colombo de ajuda financeira. Seu caráter capitalista começaria a ser desenvolvido.</span><br /><br /> <span style="font-family:arial;">A história, de fato, é escrita pelos vencedores. O discurso ocidental americano saiu vitorioso, e suas verdades foram aceitas. Suas concepções e seu estilo de vida, assimilados. Sua glória legitimou suas ideologias e conceitos, manifestando-se através de sua cultura e sociedade. O poder estava, agora, em suas mãos, a genuína força motora de um novo mundo. O que haveria de mudar se as coisas não tivessem corrido dessa forma? E se o outro lado tivesse vencido? É certeza que os perdedores sofreriam o mesmo processo esmagador que ofereceria a imposição de uma ordem similar. Verdades por outras verdades, mentiras por outras mentiras, discursos por outros discursos, tudo haveria de mudar, embora não em essência conceitual. Contudo, o único elemento que jamais sofreria um único espasmo em seu âmago seria o sentido de poder. O poder que sobrepuja e cunha o que deve ou não ser verídico, e naturalmente, o que deve ou não ser falado: o discurso do poder em si.</span><br /></div><br /><span style="font-weight: bold;font-family:arial;font-size:85%;" >BIBLIOGRAFIA </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">BENEDICT, Ruth. </span><span style="font-style: italic;font-family:arial;" >A Espada e o Crisântemo</span><span style="font-family:arial;">. Ed. Perspectiva, Coleção Debates, 1986. </span><br /><span style="font-family:arial;">CHAUÍ, Marilena. </span><span style="font-style: italic;font-family:arial;" >Convite à Filosofia</span><span style="font-family:arial;">. 11ª Ed. Editora Ática, 2000. </span><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;">FOULCAULT, Michel. </span><span style="font-style: italic;font-family:arial;" >A Ordem do Discurso</span><span style="font-family:arial;">. Ed. Gallimard, Paris, 1970.</span><br /><span style="font-family:arial;">NIETSZCHE, Friedrich. </span><span style="font-style: italic;font-family:arial;" >Sobre a verdade e mentira no sentido extra-moral</span><span style="font-family:arial;">. 2ª Edição. In: <span style="font-style: italic;">Coleção Os Pensadores</span>, 1978.</span><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial;"><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" ></span><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-29404010191498242252008-09-11T13:17:00.002-03:002010-08-16T20:53:39.926-03:00O Monstro Eleitoral<div style="text-align: justify;"><span style="font-family:arial;">A democracia tem coisas certamente tão complexas quanto incompletas...parece coerente dar abertura à candidatura de todo e qualquer tipo de [supostos] representantes das comunidades locais. Mas não é.</span><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;">Obviamente, não há de se falar aqui em impor restrições grotescas ou limitações do gênero, mas acredito que seja um dever dos partidos políticos selecionarem com um critério mais rigoroso os candidatos a vereadores que defenderão as cores da organização. De outro modo, como é o caso, o que algumas vezes, a princípio, tem o objetivo de parecer propositadamente jocoso e, pasme, contestador, acaba por sujar a imagem do cenário político como um todo com figuras de diversão e chacota.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Não tenho lá muita experiência política, mas creio que este definitivamente não é o caminho certo para se solidificar a desejada seriedade política. Ou será que é, e eu não sei? O caso é que, com essa vasta "seleção" de candidatos despreparados até para divulgar suas possíveis propostas , quando raramente as tem, no mínimo podemos dizer que é bastante duvidoso o papel que desempenharão, caso consigam ser eleitos.</span><br /><span style="font-family:arial;"></span></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:arial;">No mais, em 90% do tempo do horário eleitoral na TV, ou rimos, ou choramos. E como ninguém aqui costuma derramar lágrimas pela política local, contentemo-nos com o show de humor que só os nossos candidatos podem oferecer.</span><br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-54410269298701869762008-04-22T23:20:00.003-03:002010-08-16T20:53:30.614-03:00O Monstro Jurídico<div style="text-align: justify;">Tristeza maior é ver o homem dominado pela sua própria regra, feita para controlar a bestialidade inerente a cada indivíduo, mas agora transpassando as barreiras de sua função original e acorrentando também a parte melhor que há, e a impede de florescer.<br /><br />Quando foi que nos esquecemos que acima de tudo isso há os nobres sentimentos que ainda existem enquanto os humanos permanecerem como seres vivos?<br /><br />Se há regras para ater os vícios da humanidade, por que deixamos que elas se estendam também às virtudes? Quando foi que deixamos findar sonhos dos mais variados em nome de uma estabilidade cinzenta? Quanto de cada parte de nós sacrificamos em nome de uma independência ilusória?<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Por favor, não permita que a lei atrofie seu senso de justiça, nem que o maquinário burocrático emperre a sua moral, ou que especialistas levem-no a abandonar sua ética pessoal, ou "aquilo que você faz quando quer que as pessoas ao seu redor se sintam mais e melhor".<br /><br />Não deixe a ficção jurídica obscurecer o valor do que verdadeiramente tem valor; "tudo pela segurança jurídica" é algo totalmente inválido se não há em mente a verdadeira importância daquilo que realmente devemos proteger, ou então será tarde demais.<br /><br />Que tipo de prisão foi essa em que nos metemos? Que redemoinho sem volta foi esse que nos força a esquecer de nossa própria humanidade e mutilá-la em tantos pedaços a fim de alcançar objetivos discutíveis? Que fascínio é esse que exerce a regra sobre nós, desviando-nos do objeto focado pela sua finalidade?<br /><br />Ora, pois, se até o amor é inconstitucional, que podemos mais fazer, a não ser sermos engolidos pela própria máquina que inventamos? Por que as pessoas perdem de vista algo tão importante?<br /><br /></div>Sim, isto é um clichê. E assim o será, até que deixe de sê-lo...a utopia é sempre utópica, mas sua mera tentativa terá sempre o rótulo de realização.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-33229111766086303592008-04-14T18:13:00.002-03:002010-08-16T20:46:49.961-03:001988: Uma Odisséia Constitucional<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="">Costuma-se dizer que, a cada duas décadas na vida de uma pessoa, ocorre um momento de epifania e reflexão sobre como tudo tem sido levado até então. Uma espécie de crise psíquica, regada a tons de depressão e ansiedade. O julgamento do passado até o presente, e das possibilidades do que haverá de ser o futuro, é inevitável. Dúvidas se multiplicam e, por vezes, apavoram. Após esse lapso de questionamento, diz-se que ocorre um salto qualitativo, evolucionista, ou, pelo menos, é o que deveria acontecer. Coincidentemente, é também a cada vinte anos que se inicia uma nova geração. <o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style=""><span style=""> </span>Todo este simbolismo é curioso, e apenas procura ilustrar e eivar com certa importância uma data que tende a ser especial. Decerto, é chegado um período de transformações visíveis e determinantes. A Constituição de 1988, desde seu nascimento, foi discutida à exaustão, interpretada e reinterpretada, emendada, aplicada e não aplicada. Estudada, dissecada, criticada, elevada aos céus, retalhada. É natural. São os vinte primeiros anos, aqueles em que os conflitos trazem à tona fraquezas das vontades constituintes e onde os alicerces do texto constitucional são testados a ferro e fogo na tempestade social. São anos que parecem tantos, mas na verdade são tão poucos. Intensos, vorazes, mas poucos. <o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style=""><span style=""> </span>Há efeitos que só sobrevêm com o tempo. E não falamos da concretização de normas programáticas, mas de algo mais sublime: o sentimento constitucional. Porque, no princípio, não há como havê-lo, a médio prazo ele é, se muito, incipiente, mas há um estágio em que sua visibilidade é iminente. E, creio, esta fase está em vias de ocorrer, agora que estamos prestes a atravessar seu limiar profundo e significativo.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style=""><span style=""> </span>Após anos a fio debatendo sobre aspectos ontológicos, deontológicos, principiológicos, axiológicos, normativos e hermenêuticos, já podemos dizer que obtivemos um arcabouço suficientemente sólido para a partir de agora alçar vôo a uma nova espécie de instituto material da Constituição. Se ela, em sua origem, teve sua materialidade refinada no dito espírito constitucional do povo a que se destina, é chegada a hora, pois do <i style="">feedback</i>, em que a massa nacional irá absorver de volta tudo aquilo que uma vez originou filtrado pelas redes da Carta Magna. É o surgimento de uma dialética constitucional, e com ela o advento do sentimento que se torna essa reabsorção de valores, quando, adentrando no sujeito, liberta-se de seu invólucro normativo para se tornar elemento primordial para a construção de novos paradigmas consuetudinários.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style=""><span style=""> </span>É nesta reintegração ao indivíduo que desponta o significado de <i style="">sentir</i> a Constituição, este novo verbo que vem ao lado do <i style="">acostumar-se com </i>uma cultura de Constituição, cuja existência e desenvolvimento se arraiga com o passar das gerações. Se em 1988 o constituinte tinha crescido em um determinado tipo de ambiente humanístico, e em sua obra aplicou o fruto de sua própria construção como ser humano, hoje já é outro, e assim o é as pessoas a quem a Carta Maior se dirige. As novas gerações, ao invés de tornar anacrônico o texto constitucional, pelo contrário, rejuvenescem-no e lhe aprimoram o sentido, posto que nelas já nascem em si mesmas a fonte material da Constituição de maneira natural no decorrer de seu crescimento em sociedade. <span style=""> </span><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style=""><span style=""> </span>Expondo de maneira prática, podemos dizer que a vivência social com as farpas dos litígios judiciários, o acesso mais generalizado do “por que” e do “como” dos direitos que cabem a cada um, a publicização mais ampla das leis e razão de ser delas, dentre outros acontecimentos, estão sempre edificando com experiências boas e más a consciência jurídica do cidadão. Aos poucos vão compondo fragmentos constitucionais na rotina das pessoas, que já incorporam em seu diálogo, mentalidade e relações sociais um pouco da norma superior e provocando uma lenta e progressiva construção de uma cultura jurídica verdadeiramente constitucional. A grosso modo, seria um processo inverso ao da <i style="">common law </i>anglo-americana, e,<span style=""> </span>sendo assim, o costume nasce a partir da norma fundamental pré-estabelecida que deságua sobre os indivíduos pela convivência entre si e com a própria norma.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style=""><span style="font-family:arial;"> Seria imprudente, contudo, afirmar em quanto tempo isto irá ocorrer em dimensões maiores e mais amplas, embora já possamos afirmar com relativa segurança que já acontece e proporciona interessantes observações nesta virada de geração, a primeira depois da Constituição de 1988. Por outro lado, é com maior certeza que podemos decidir que é de grande relevância, e acima de tudo, de extraordinária necessidade, pois a absorção de valores <span style="font-family:arial;">constitucionais é um caminho muito natural e viável para um possível salto cultural sem precedentes e extremamente benéfico para o avanço da sociedade brasileira.</span></span> <o:p style="font-family: arial;"></o:p></span></p> <span style="font-style: italic;font-family:arial;" ><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-style: italic;font-family:arial;" >(Texto originalmente redigido como requisito de inscrição para a Simulação de Tribunais Constitucionais do Curso de Direito da UFRN de acordo com o tema "20 Anos da Constituição da República Federativa do Brasil"</span><span style="font-style: italic;font-family:arial;" >.)</span><br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-6131077891496942832008-03-24T13:07:00.002-03:002010-08-16T20:46:17.374-03:00Jamais serei um gênio<div style="text-align: justify;">Dediquei-me superficialmente a diversas artes, das simplíssimas às clássicas, mas a habilidade excepcional exige uma fidelidade plena que não posso dar. A genialidade escolhe apenas aqueles que podem se dedicar por completo à sua arte. É como o visionário que enxerga centenas de matizes diferentes de azul, mas ignora por completo a diferença do vermelho para o verde.<br /><br />Se para alcançar a completude de uma única arte eu precise abandonar todas as outras, então prefiro ser incompleto, mas ainda assim, inteiro.<br /><br />Jamais serei um gênio.<br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-59448806174077832262008-03-05T20:33:00.000-03:002008-03-24T12:58:31.505-03:00Da Fenomenologia do Julgamento<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:arial;">1. </span><span style="font-style: italic;font-family:arial;" >Considerações</span></span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Julgar algo é lançar sobre determinado objeto um juízo de valor estabelecido antes (pré-juízo) ou depois (pós-juízo) de se tomar conhecimento deste objeto; é a avaliação das propriedades subjetivamente relevantes do objeto, movida pela necessidade de se adotar uma postura ou conduta específica. É sobretudo uma conjectura, uma suposição, um posicionamento que, diferente dos outros, advem com graus de responsabilidade sobre a conclusão ou resultado do julgamento. </span><span style="font-style: italic;font-family:arial;" ><br /><br /><span style="font-style: italic;">2. Da fenomenologia do julgamento<br /><br /></span></span><span style="font-family:arial;">Julga-se prioritariamente aquilo que já se conhece, mesmo que seja apenas a idéia do objeto. É, <span style="font-style: italic;">a priori</span>, impossível que se julgue um objeto desconhecido, posto que para que haja aplicação da valoração subjetiva deve haver consciência da existência do objeto. Caso o objeto exista de fato, e o observador não o conheça, a condição de inexistência do objeto permanecerá, mesmo que seja um <span style="font-style: italic;">status</span> válido apenas para o observador.<br /><br />Contudo, sob uma perspectiva ôntica do objeto, e remetendo-nos a certos conceitos fenomenológicos, é impossível julgar o objeto pelo que ele verdadeiramente é, ou seja, a partir de sua natureza ontológica. Desconhecemos a essência do objeto, pautando-nos apenas na interpretação do <span style="font-style: italic;">modo</span> como o objeto normalmente é, ou existe (<span style="font-style: italic;">dasein</span>¹). Dado que a mutação, como característica natural da existência, sujeita tanto objeto quando observador, então um objeto que se julgue agora, em outro período de tempo já não será mais o mesmo, muito menos o próprio julgador, e consequentemente, o julgamento feito já não poderá prevalecer de maneira absoluta.<br /><br /><span style="font-style: italic;">3. Conclusão</span><br /><br />Podemos julgar apenas um determinado estado do objeto, e nunca o objeto em si. Sobre o nosso julgamento incide os conflitos de nossa própria interpretação, encharcada da subjetividade latente do julgador. O modo como o objeto existe e a as turbulências da hermenêutica do julgador se conjugam para construir a realidade, do ponto de vista do observador. A heterogeneidade e interação de realidades constituem o mundo visualizado pela sociedade. A realidade do mundo é uma produção cultural, portanto.<br /><br /></span>___<br /><div style="text-align: left;"><span style="font-family:times new roman;">¹ Ser-a-cada-momento ou de-cada-vez (Heidegger).</span><br /><br /></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6232981550570766806.post-90165642231110436952008-02-24T18:56:00.001-03:002010-08-16T21:03:48.150-03:00O Nintendinho<span style="font-family:arial;">Quando eu falo que já tive um Nintendo Entertainment System ninguém entende.<br /><br />Obviamente, acho que falo apenas pra enrolar as pessoas e por alguns segundos fingir que já tive algo misteriosamente importante. Depois, mudo o discurso. "Você sabe, o nintendinho". "Aah, devia ter falado logo". É, eu sei.</span><br /><div style="text-align: justify;"><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_LxL84usSJ97pNRa4lQmM_zOMp-Dg6Ll7bTm3IbFxbx57Lonn8B1PtgGb05SR3ev18XQnRxAs-8VxjQTqBp2w_e85anZl0gaFVx9kBYNhblrxcA78NevZd-ETZBcfZo9HfL0V0j2JvbM/s1600-h/Nintendinho.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_LxL84usSJ97pNRa4lQmM_zOMp-Dg6Ll7bTm3IbFxbx57Lonn8B1PtgGb05SR3ev18XQnRxAs-8VxjQTqBp2w_e85anZl0gaFVx9kBYNhblrxcA78NevZd-ETZBcfZo9HfL0V0j2JvbM/s200/Nintendinho.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5174404582262650290" border="0" /></a><span style="font-family:arial;">Foi de uma viagem que meu pai fez a São Paulo, em 94. Ele havia me ligado, dizendo que traria um presente, e pediu pra que adivinhasse. Depois de quinze tentativas, mereci um "agora deixa eu falar com sua mãe". Na verdade, nunca tinha tido muito contato com video-games, então me parecia algo além das possibilidades.</span><br /><span style="font-family:arial;"></span></div><span style="font-family:arial;"><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:arial;">O Nintendinho era uma graça. Não é à toa que as pessoas chamam por esse nome tão carinhoso e íntimo, afinal, foi o primeiro console da Nintendo. Com sua capacidade fenomenal de 8-bits, era uma maravilha digital. Veio junto com um jogo de avião, que não lembro o nome. Tinha que destruir os tanques. Hm, acho que não lembro muito, pra falar a verdade. Logo comecei a alugar fitas pra variar um pouco...Street Fighter (sim, o primeiro!) e Super Mario Bros (o primeiro também!) eram sensações.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Mas ele quebrou. Primeiro foi o controle, que não funcionava mais. E só tinha um. Esperando para comprar outro controle, acabei passando os tempos livres indo a locadoras jogar no recém-lançado Super Nintendo, e me fascinei por seus 18-bits ultramodernos. Acabei esquecendo do meu velho Nintendinho, que esperando o conserto viu sua existência relegada a um ostracismo cruel, dentro de uma caixa qualquer. E não vi quando ele foi jogado fora.<br /><br /></span></div><span style="font-family:arial;">Mas então veio o PlayStation. E o Nintendinho ficou para sempre esquecido.<br /><br /></span>Unknownnoreply@blogger.com0